Atualizada às 12h50

A Polícia Civil de Alagoas (PCAL) confirmou, na manhã desta quarta-feira (20), a existência de um chamado “tribunal do crime” atuando no estado e prendeu três suspeitos envolvidos em execuções e ocultação de cadáver. As investigações ainda estão em andamento para identificar outros integrantes da organização.

O grupo criminoso é apontado por homicídios e tentativas de homicídio em cidades como Teotônio Vilela, Campo Alegre e Palmeira dos Índios, e teria ligação com o tráfico de drogas. A polícia também investiga se há conexão com crimes em outros municípios alagoanos e estados vizinhos.

As prisões foram resultado de diligências conduzidas pela Delegacia de Homicídios da 6ª Região, sob coordenação do delegado Flávio Dutra, após uma série de assassinatos registrados em Campo Alegre no último mês. Durante as operações, um veículo utilizado nos crimes foi identificado, e o proprietário, um homem de 29 anos, confessou participação nos homicídios e entregou imagens de uma jovem sendo executada pelo grupo.

A vítima foi identificada como Stefania Gabriel da Silva, 23 anos, que estava desaparecida desde o início de agosto. Com apoio do Grupamento de Operações Policiais Especiais (Gopes) de Teotônio Vilela, duas mulheres, de 18 e 21 anos, também foram presas. Elas confessaram participação no crime e indicaram o local onde o corpo de Stefania foi ocultado: um canavial em Roteiro.

Segundo os suspeitos, Stefania teria sido executada por supostamente ter passado a localização de seu ex-companheiro, conhecido como “Quiterinho”, para policiais. Ela também teria atuado na organização, apontando residências de pessoas que seriam alvo de execuções.

Familiares relataram que Stefania era usuária de drogas e havia desaparecido no dia 7 de agosto, sendo vista pela última vez em Teotônio Vilela na companhia de “Quiterinho”. O desaparecimento foi registrado em boletim de ocorrência, e o corpo da jovem foi localizado após as confissões dos suspeitos.