Durante a sessão ordinária desta quarta-feira, 13, a deputada Cibele Moura (MDB) destacou a importância do Agosto Lilás, mês de conscientização e enfrentamento à violência contra a mulher. “Mês que fala da importância de preservar a vida das mulheres, de denunciar os agressores, de proteger a integridade física das mulheres”, destacou a parlamentar, lamentando, em seguida, a ocorrência de mais um feminicídio no Estado. Desta feita, a vítima foi Vanúzia da Silva, 48 anos, cujo corpo foi encontrado no Povoado Caipe, zona rural do município de União dos Palmares. Ela estava desaparecida desde 2024. O companheiro de Vanúzia foi preso após indicar o local onde se encontravam os restos mortais da mulher.
“Infelizmente, hoje é um dia triste para quem defende as mulheres. Ela foi encontrada pelo seu marido. Seria uma história triste, simplesmente, mas é uma história revoltante, pois quem ali enterrou o corpo de Vanúzia foi esse mesmo marido”, lamentou Cibele Moura. “E o que mais choca é a naturalidade com que esse crime foi descoberto. Esse homem, depois de ter matado e enterrado sua mulher, continuava sua vida normalmente”, prosseguiu a parlamentar. De acordo com informações passadas pela polícia, o companheiro de Vanúzia, após ingerir bebidas alcoólicas, passou a divulgar que havia matado a esposa e escondido o corpo dela. “Ele falou isso para várias pessoas, até que uma delas teve coragem e o denunciou à polícia, e o corpo foi encontrado. Um corpo de uma mulher que foi ocultado e revelado por um homem que se dizia seu marido”, contou, indignada, ressaltando a importância da divulgação dos canais de denúncia.
Em aparte, a deputada Rose Davino (PP) se solidarizou ao pronunciamento da colega de plenário. Ela lamentou que crimes como o que ocorreu com Vanúzia da Silva estejam se tornando naturais, sobretudo a convivência das crianças com esse tipo de violência dentro das próprias famílias. “A mãe é agredida e, para ela (criança), é tão natural ver aquilo que não sinaliza na escola. Também costumo defender que a raiz da violência está no início, ou seja, na primeira infância. Precisamos implementar políticas públicas que estejam dentro das escolas, para que as crianças comecem a entender a necessidade do combate à violência”.