De janeiro até a primeira semana de agosto de 2025, somente na Região Metropolitana de Maceió, foram registradas 4.380 ocorrências relacionadas à Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006), segundo dados da Polícia Militar de Alagoas.

O número de agressores retirados das ruas da Grande Maceió pela PM chama atenção. Entre janeiro e o dia 5 de agosto deste ano, houve 587 prisões em flagrante por crimes de violência contra a mulher.

O quantitativo, referente apenas à área do Comando de Policiamento da Região Metropolitana (CPRM), tem como base os registros na Central de Atendimento e Despacho (CAD) e foi compilado pelo Núcleo de Estatística e Análise Criminal (Neac), da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e pelo setor de Planejamento e Estatísticas (P3) do CPRM.

Os números chamam atenção, mas também comprovam que a luta é contínua nas cidades inseridas na área de atuação do CPRM: Maceió, Rio Largo, Marechal Deodoro, Pilar, Satuba, Barra de Santo Antônio, Paripueira, Santa Luzia do Norte, Barra de São Miguel e Coqueiro Seco. Essas ocorrências partem, sobretudo, de ligações direcionadas ao número 190, não se limita a acionamentos relacionados à Lei Maria da Penha, mas é uma via essencial para denúncias de diversos crimes, inclusive contra a vida, no contexto da violência doméstica.

Flagrantes: municípios, bairros e BPMs com mais registros

O maior número de prisões foi registrado pelo 12º Batalhão de Polícia Militar: 105 detenções; seguido do 13º BPM, com 82; e, em terceiro lugar, 4º Batalhão, com 78. Entre os municípios que compõem o CPRM, a maior incidência foi em Maceió, 472 casos; Rio Largo, 52; Marechal Deodoro, com 28.

Entre os bairros, o maior quantitativo de prisões foi registrado na parte alta da capital: Na Cidade Universitária, foram 83 agressores presos. No Benedito Bentes, 57 autores de crimes relacionados à Lei Maria da Penha foram retirados de circulação. Empatados em terceiro lugar, estão os bairros do Jacintinho e Clima Bom, com 37 incidências.

Para o comandante do CPRM, coronel Hiraque Agnnes, a PM de Alagoas permanece comprometida com a aplicação da Lei Maria da Penha e com o atendimento à população.

“A PM atua no combate ao crime em diversas frentes, mas a violência contra a mulher continua sendo uma das maiores demandas operacionais do CPRM. Só neste ano, foram 587 prisões em flagrante, número que mostra, infelizmente, a gravidade da situação, mas também a resposta firme da Polícia Militar. Cada um desses números representa que uma vítima precisou de ajuda e, em todos esses casos, a PM esteve presente. Os dados são alarmantes, mas reforçam que estamos no caminho certo”, enfatizou o comandante.

No mês marcado nacionalmente pela campanha Agosto Lilás de enfrentamento à violência contra a mulher, a PM se une aos demais órgãos nessa mobilização, mas lembra que a atuação é diária e incansável.

“As guarnições do CPRM vêm contribuindo de forma intensa para a redução deste tipo de delito contra a mulher, chegando com nossas equipes a atender cerca de quase 100% das ocorrências oriundas do 190. Garantimos, por meio de um atendimento diferenciado, o acolhimento da vítima e a prisão dos autores. Um trabalho realizado 24 horas por dia, sete dias por semana”, afirmou o coronel Hiraque.

*Com Ascom PMAL