O ex-presidente Fernando Collor de Mello foi o que mais gastou recursos públicos no primeiro semestre de 2025, com despesas que ultrapassaram R$ 931 mil, as informações são do portal G1. 

Desde 2021, essas despesas já ultrapassam R$ 31,7 milhões, incluindo os custos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre 2021 e 2022.

Ex-presidentes do Brasil não têm direito a salário ou pensão vitalícia desde a Constituição de 1988, mas mantêm benefícios que envolvem o uso de dois veículos oficiais e uma equipe de apoio formada por servidores vinculados à Presidência da República. Essa equipe normalmente conta com quatro servidores para segurança e apoio pessoal, dois motoristas e dois assessores em cargos de comissão.

Os benefícios custeiam diárias, viagens, auxílio-moradia, segurança e serviços de telecomunicação para a equipe dos ex-presidentes. A legislação que regula esses benefícios é de 1986, ajustada por decretos, mas não estipula um teto específico para essas despesas, que devem, entretanto, respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Gastos dos ex-presidentes no primeiro semestre de 2025

Fernando Collor de Mello — R$ 931.590,85
Equipe de sete servidores. Entre os gastos estão R$ 412.404,34 com salários, R$ 259.542,51 em passagens nacionais e R$ 198.433,85 em diárias no país.

Dilma Rousseff — R$ 862.499,38
Equipe de sete servidores. A ex-presidente, que desde abril de 2023 preside o Novo Banco de Desenvolvimento na China, teve gastos expressivos com salários (R$ 408.710,77), ajuda de custo (R$ 130.782,79) e despesas no exterior (R$ 213.700,50).

Michel Temer — R$ 554.414,56
Equipe de oito servidores. Os gastos incluem R$ 421.231,93 em salários e R$ 104.493,07 em passagens e diárias no exterior e no país.

Jair Bolsonaro — R$ 521.073,00
Equipe de oito servidores. Os custos incluem R$ 310.119,00 em salários e mais de R$ 190 mil em passagens, diárias e manutenção de veículos.

José Sarney — R$ 410.454,73
Equipe de sete servidores. Os principais custos foram com salários (R$ 361.406,78) e despesas com viagens e veículos.

Fernando Henrique Cardoso — R$ 368.853,05
Equipe de oito servidores. A maior parte foi destinada a salários (R$ 359.781,19), com gastos menores em combustíveis e manutenção de veículos.