O dono de uma oficina mecânica assassinado com nove tiros, na Cidade Universitária, parte alta de Maceió, teria envolvimento com uma facção criminosa. De acordo com a Polícia Militar, ele e o atirador estariam em conflito dentro da própria organização criminosa.

A principal suspeita é de que a morte do proprietário do estabelecimento foi autorizada pelo comando da facção no Rio de Janeiro, sob ordens de um traficante foragido identificado como “Salsicha”.

“O homem que matou e o homem que morreu pertencem à mesma facção. O que morreu estava ‘decretado’, termo utilizado por eles quando há brigas internas por hierarquia ou traição. Então, ele foi decretado para morrer pela própria facção”, explicou o major Jasiel Andrade, em entrevista ao Balanço Geral Alagoas, da TV Pajuçara.

Além de funcionar como ponto de venda de drogas — algo que já havia sido denunciado por moradores —, a oficina também era usada para armazenar peças irregulares de motocicletas, realizar desmanche e servir como local de entrega de veículos roubados.

“O homem que foi preso também alegou uma dívida com a vítima relacionada a essas peças veiculares, mas o verdadeiro motivo do crime foi a briga interna dentro da facção”, completou o major.

O atirador foi preso na madrugada desta sexta-feira (8), em um apartamento no bairro Cidade Universitária. Ele confessou ter utilizado uma pistola calibre .40 para cometer o homicídio. Uma segunda pessoa teria participado do crime, mas ainda não foi localizada.

Além da arma, a polícia apreendeu o capacete e a roupa usados pelo assassino confesso. Todo o material foi encaminhado à Central de Flagrantes.