O CM Cast, podcast que analisa os bastidores da política local e nacional, lançou um novo episódio nesta segunda-feira (4). Os jornalistas Carlos Melo, diretor do Grupo CadaMinuto, e Ricardo Mota analisam os movimentos eleitorais em Alagoas e questionam: Davi Davino Filho (PP) e Alfredo Gaspar (União) têm fôlego político para enfrentar Artur Lira (PP) e Renan Calheiros (MDB) na disputa pelo Senado em 2026?
Apesar do favoritismo de Lira e Calheiros, sustentado pelo apoio da maioria das prefeituras e da base no interior, os jornalistas defendem que ambos enfrentam alta rejeição em Maceió — um cenário que pode abrir espaço para nomes alternativos.
“A rejeição do senador Renan Calheiros na capital é assustadora”, observou Mota. Segundo ele, na eleição passada, Renan sequer apareceu na campanha do aliado Rafael Brito para não tirar votos.
Ainda de acordo com Melo e Mota, Davi Davino, herdeiro de um grupo político tradicional, já declarou ser “candidatíssimo” ao Senado e “não abrir para ninguém”. Davino representa um tipo de eleitorado distinto do de Alfredo Gaspar, que concentra apoio entre setores conservadores, forças de segurança e parte da periferia — sendo apontado por Mota como “a maior estrela da direita em Alagoas”.
Embora fora do chamado “acordão” que une figuras centrais da política alagoana, como Renan e Lira, tanto Davino quanto Gaspar podem embaralhar a disputa. “Se apenas um deles sair candidato, pode tornar a eleição arriscada para os favoritos”, avaliou Mota.
Além disso, o jornalista também destacou o papel de Marcelo Victor e Paulo Dantas como figuras influentes fora do centro do embate, mas com capacidade de articulação nos bastidores.
Para Mota, alianças improváveis não estão descartadas: “Inimizade eterna em política é tão improvável quanto amizade eterna”. Uma reconfiguração entre nomes hoje afastados — como Alfredo Gaspar e Marcelo Victor — pode acontecer, a depender do rumo das articulações até 2026.
Os episódios do CM Cast vão ao ar às segundas e quintas-feiras, sempre a partir das 12h.