Quero manifestar minha solidariedade a todos os profissionais da educação do Estado de Alagoas que, de forma legítima, estão em greve para reivindicar seus direitos. A categoria tem data-base para lutar por pautas fundamentais, como salário digno, valorização social e ascensão funcional.
Diante da ausência de consenso, a greve se estabeleceu como um instrumento natural em qualquer conflito trabalhista — seja no âmbito municipal, estadual ou federal. Infelizmente, o Governo do Estado optou por judicializar a questão junto ao Tribunal de Justiça de Alagoas. O TJ/AL, por sua vez, determinou o retorno imediato da categoria às atividades a partir do dia 1º, sob pena de desconto salarial e outras sanções.
Será esse o melhor caminho? Acredito que não. Considero um grave equívoco. O caminho mais adequado é, sem dúvida, o da escuta e do diálogo. O Poder Judiciário de Alagoas poderia, inclusive, se inspirar na Justiça do Trabalho, que, em situações de conflito entre capital e trabalho, atua de forma propositiva, buscando alternativas de consenso.
Faço aqui um apelo ao governador do Estado, ao vice-governador, ao Tribunal de Justiça e à Assembleia Legislativa para que retomem o diálogo com a categoria.
A palavra-chave deve ser diálogo. É por meio da negociação que construiremos soluções duradouras. Valorizar a educação passa também por reconhecer o magistério como uma carreira de Estado. Todo o meu apoio aos profissionais da educação de Alagoas!
Veja o vídeo: https://youtube.com/shorts/Jm6T3ooFDg0