As sete Salas e Áreas Lilás atenderam 1.425 vítimas de violência doméstica e sexual no primeiro semestre deste ano. A Rede de Atenção às Violências (RAV), vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), garante assistência qualificada e escuta especializada.

As salas estão localizadas no Hospital Geral do Estado (HGE), Hospital da Mulher de Alagoas, Hospital Regional do Norte (HRN), Hospital de Emergência do Agreste (HEA), Hospital Ib Gatto Falcão, no Complexo de Delegacias Especializadas (Code) e no Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) de Delmiro Gouveia.

Conforme a gerente executiva operativa da RAV, Laura Oliveira, o número expressivo de atendimentos é resultado da conscientização da sociedade, por meio das ações educativas promovidas pela rede, pois, anteriormente, muitas pessoas tinham medo de procurar ajuda e denunciar seus agressores.

“Além do trabalho prestado à vítima, a RAV também capacita sobre a temática da violência e encaminhamentos. No ano passado, qualificamos 6.448 profissionais e membros da sociedade civil organizada. Acreditamos que, quanto mais informações levamos sobre os equipamentos que o Governo de Alagoas dispõe para atendimento, enfrentamento e monitoramento das violências no estado, a coragem para denunciar aumenta e os casos que ficam no anonimato vêm à tona”, destacou a gerente.

As Salas e Áreas Lilás realizam atendimentos diariamente, com uma equipe multiprofissional, com psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais, enfermeiros, ginecologistas, pediatras, médicos peritos e policiais civis.

“As vítimas de violência sexual atendidas são submetidas aos serviços de profilaxia das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). A RAV também assegura acompanhamento das vítimas posteriormente, garante a anticoncepção de emergência, coleta de vestígio e o aborto previsto em lei”, informou a assessoria.

Também são disponibilizados exames laboratoriais, assessoria jurídica, grupos de apoio e acompanhamento médico e psicossocial por até seis meses após a violência.

Além das crianças e adolescentes, são atendidas outras populações vulneráveis: mulheres, pessoas pretas, pessoas com deficiência, pessoas idosas, povos originários, comunidades tradicionais, população LGBT+, população em situação de rua, vítimas de violência sexual e doméstica.

*Com Ascom Hospital da Mulher de Alagoas