O Brasil recebeu uma grande notícia: pela segunda vez, o país saiu do Mapa da Fome. O anúncio feito pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU). O presidente da AMA, prefeito Marcelo Beltrão comemorou o anuncio destacando o importante papel que os municípios têm hoje e as iniciativas que estão melhorando a qualidade de vida das pessoas.
O Mapa da Fome é um indicador global da FAO que identifica países em que mais de 2,5% da população sofrem de subalimentação grave (insegurança alimentar crônica).
O Brasil alcançou esse patamar em 2014, mas tinha retornado ao Mapa da Fome no triênio 2018/2020. Agora, no triênio 2022/2024, voltou a ficar abaixo de 2,5%.
Em várias cidades alagoanas, ações integradas entre assistência social, agricultura familiar, saúde e educação têm transformado realidades e contribuído diretamente para a redução da fome no estado — e, por consequência, no país.
A distribuição de cestas básicas, a ampliação de cozinhas comunitárias e solidárias que oferecem refeições diárias gratuitas, a implantação de hortas urbanas e escolares e o fortalecimento de feiras da agricultura familiar são algumas das medidas adotadas. A compra de alimentos diretamente da agricultura familiar para abastecer a merenda escolar — garantindo renda no campo e comida de qualidade na mesa dos alunos.
“Hoje, são os municípios que estão na linha de frente do combate à fome. São eles que conhecem de perto quem está passando necessidade e conseguem agir com mais agilidade”, diz Beltrão.
Além das ações emergenciais, há esforços para estruturar políticas permanentes. Muitos municípios alagoanos estão reativando ou fortalecendo seus Conselhos Municipais de Segurança Alimentar (Comseas), garantindo participação social na formulação das estratégias locais.
Apesar do avanço, os municípios enfrentam desafios: escassez de recursos, instabilidade nos repasses federais e carência de infraestrutura em algumas áreas. Ainda assim, o trabalho de prefeitos, secretarias municipais e agentes comunitários tem mostrado que, com planejamento e vontade política, é possível mudar vidas.
“Quando a fome chega, é no município que ela bate primeiro. É aqui que a resposta tem que ser dada — com dignidade e urgência”, afirma o presidente da AMA. A saída do Brasil do Mapa da Fome passa, necessariamente, pelas mãos de quem está mais próximo da população.
Foto de Capa: Arquivo/Agência Brasília