A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) alerta a população sobre a importância da prevenção contra a meningite, doença grave que, somente este ano, já teve sete casos confirmados em Alagoas, incluindo dois óbitos — um em Maceió e outro em Campo Alegre.

Caracterizada pela inflamação das meninges (membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal), a meningite pode ter origem bacteriana, viral, fúngica, parasitária ou não infecciosa, sendo uma doença imunoprevenível, ou seja, que pode ser evitada por meio da vacinação e de cuidados simples de higiene.

Para isso, é necessária a atualização do Cartão de Vacinação. Entre as vacinas destinadas a proteger contra a meningite está a BCG, que evita a meningite tuberculosa; a Pentavalente, que impede a Haemophilus influenzae tipo b (Hib); a Pneumocócica 10-Valente, destinada a evitar a meningite pneumocócica; a Meningocócica C Conjugada, que protege contra a Neisseria meningitidis sorogrupo C; e a Meningocócica ACWY Conjugada, que evitar a Neisseria meningitidis dos sorogrupos A, C, W e Y.

A coordenadora do Programa Estadual de Controle da Meningite, Cindy Romão, salienta que todas as vacinas têm eficácia comprovada. "Além de proteger as pessoas de contrair as formas de meningite, elas evitam internações desnecessárias e óbitos", frisou a especialista, que atua na Gerência de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis da Sesau.

Higiene

Cyndi Romão lembrou também que é importante reforçar medidas de higiene pessoal para evitar a meningite. Entre as medidas mais importantes estão lavar as mãos com frequência e evitar compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e talheres.

“Essas ações podem ajudar a prevenir a disseminação da meningite. Manter os ambientes sempre ventilados e evitar aglomerações de pessoas também são atitudes úteis para evitar a disseminação da doença, que é altamente contagiosa”, reforçou a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Meningite.

Sintomas da doença

Cindy Romão destacou que é preciso estar sempre atento aos principais sintomas da meningite, que são febre alta, dor de cabeça intensa, rigidez no pescoço, náuseas e vômitos. “O diagnóstico precoce é essencial para evitar o agravamento do quadro do paciente e, por isso, ao perceber os sintomas, é necessário procurar a unidade de saúde mais próxima para avaliação”, ressaltou.

Conforme o último Panorama da Doença Meningocócica em Alagoas, referente à Semana Epidemiológica 23, que compreende o período de janeiro até a primeira quinzena de junho, Alagoas registrou sete casos confirmados da doença, sendo quatro do tipo B, um do tipo W e dois com o tipo não identificado. Dos sete casos confirmados, quatro foram diagnosticados em Maceió, um em Campo Alegre, um em Flexeiras e um em Arapiraca. Do total de casos confirmados, dois evoluíram para óbito, sendo um em Campo Alegre e um em Maceió.