A Rede de Atenção às Violências (RAV), vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), tem assegurado assistência qualificada e multidisciplinar a pessoas idosas em situação de violência doméstica ou sexual. O atendimento acontece nas Salas e Áreas Lilás espalhadas pelo Estado, que fortalecem a rede de proteção às populações mais vulneráveis.
Dados divulgados pela RAV mostram que, em 2024, 78 pessoas, na faixa etária de 60 a 80 ou mais, foram acolhidas pela rede ao longo do ano. Já em 2025, até o mês de maio, 47 pessoas idosas vítimas de violência doméstica e sexual receberam atendimento nas portas de acolhimento ligadas à RAV.
A gerente da RAV, Laura Oliveira, destaca que é fundamental a conscientização dos alagoanos no enfrentamento à violência contra a pessoa idosa. “Em muitos casos, a pessoa idosa é vítima de violência dentro de sua casa, com insultos, agressões, negligência, exploração financeira e até o descuido com a saúde. É importante garantirmos que esse tipo de violência não seja naturalizado ou ignorado”, ressalta Laura.
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As Salas Lilás e Áreas Lilás realizam atendimento diariamente, com acolhimento multidisciplinar. Além de psicólogos, as pessoas idosas em situação de violência doméstica ou sexual também são assistidas por psiquiatras, assistentes sociais, enfermeiros, ginecologistas, pediatras, médicos peritos e policiais civis.
As portas estão localizadas em Maceió, no Hospital da Mulher de Alagoas, no bairro Poço; no Complexo de Delegacias Especializadas (Code), no bairro de Mangabeiras; e no Hospital Geral do Estado (HGE), no bairro do Trapiche. No interior do Estado, o atendimento ocorre em Arapiraca, no Hospital de Emergência do Agreste (HEA); em Delmiro Gouveia, no Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp); em Porto Calvo, no Hospital Regional do Norte (HRN); e em Rio Largo, no Hospital Ib Gatto Falcão.
Serviço
As vítimas de violência sexual são submetidas aos serviços de profilaxia das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e a acompanhamento destas infecções. Elas também têm acesso à anticoncepção de emergência, coleta de vestígio, exames laboratoriais, assessoria jurídica e acompanhamento médico e psicossocial, por até seis meses após a violência.