É uma constatação honesta entender que o deputado Isnaldo Bulhões virou um personagem de tamanho considerável em Brasília.
Além de se tornar líder do MDB na Câmara, sendo um interlocutor frequente dos principais nomes da política nacional – incluindo os ministros de Lula -, é uma das vozes mais ouvidas por Hugo Motta, que sucedeu Arthur Lira no comando da Casa.
Só que sua condição em Alagoas é diferente, pelo menos até agora: ele continua sendo, por aqui, só um deputado de reduto, como a grande maioria dos seus colegas de bancada.
O surgimento do nome dele como um possível candidato ao governo do Estado, posto pelo senador Renan Filho, gerou surpresa até no meio político, além da recusa do presidente da Assembleia, Marcelo Victor (e por extensão de Dantas).
O que explica o seu tamanho em Brasília?
Bulhões aprendeu, com louvor, a falar a “língua dos homens do poder”, um dialeto que se pratica por lá, desde sempre.
Aqui, eis o busílis, ele ainda é um ilustre desconhecido do grande público, embora já tenha exercido vários mandatos.
Se essa cenário pode mudar?
Sim, pode, mas nada nesse momento sinaliza para um crescimento célere da sua imagem junto ao eleitorado.
Para um cargo majoritário é necessário ir além dos bastidores.