Enquanto clínicas suspendem tratamento com equoterapia por falta de pagamento do Governo de Alagoas, as famílias dos pacientes com autismo se veem obrigadas a protestar na porta da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau). Sim, protestar para que o governo cumpra o básico: realizar o devido repasse de recursos públicos.

Na semana passada, foi a vez da Maternidade Nossa Senhora da Guia fechar as portas. Três anos de repasses atrasados pela Sesau e ainda tem quem trate o fechamento como surpresa. E se alguém pensa que esse é um caso isolado, basta lembrar da Maternidade Santo Antônio que, em 2023, passou pelo mesmo colapso.

O roteiro se repete, mas o protagonismo da crise segue com o mesmo autor: o Governo do Estado.

Aliás, 2023 foi um caos na saúde pública. A falta de repasse de recursos públicos culminou na suspensão de tratamento médico a pacientes com câncer, com HIV/AIDS, crianças com microcefalia, além da suspensão de transplantes de fígado e captação de órgãos em Alagoas.

O problema não é falta de aviso. É falta de prioridade. Enquanto isso, o HGE, vitrine da saúde estadual, segue colecionando cenas dignas de filmes de horror: corredores lotados, estrutura precária e até instalações alagadas com as últimas chuvas. 

Mas parece que, para o governo, está tudo sob controle…