Hospitais públicos funcionam de portas abertas ou fechadas, isto é, com acesso espontâneo ou com acesso regulado. O Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), em Maceió, administrado pelo Governo de Alagoas, tem atendimento realizado exclusivamente via regulação, o equipamento de saúde acolhe pacientes encaminhados pelas unidades da Rede Estadual de Saúde Pública. 

 

O Núcleo Interno de Regulação (NIR) é responsável por organizar o acesso aos serviços com base em critérios técnicos e clínicos, já que a unidade é porta fechada, ou seja, não realiza atendimentos por demanda espontânea, mas via Central Estadual de Regulação. 

 

Segundo a enfermeira Ane Meirele Ramos, responsável pelo NIR do HMA, o processo se inicia nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) ou outros hospitais da Rede Estadual de Saúde Pública. 

 

Quando é identificada a necessidade de um atendimento mais especializado, a solicitação é registrada no sistema com as informações clínicas do paciente. 

 

A partir daí, é avaliada pela Central Estadual de Regulação, que determina o hospital mais adequado para o caso. Se for o Metropolitano, a vaga é autorizada, e a transferência ocorre com toda a segurança. 

 

O NIR atua como elo entre o hospital e a Central Estadual de Regulação. “Nossa equipe organiza a entrada, permanência e saída dos pacientes de forma eficiente, segura e alinhada aos critérios do SUS [Sistema Único de Saúde]. O NIR também gerencia a ocupação dos leitos, sejam eles clínicos e de UTI [Unidade de Terapia Intensiva] e acompanha a evolução dos pacientes, promovendo a rotatividade adequada para evitar internações prolongadas", explica Ane Meirele Ramos. 


 

 

Cirurgias Eletivas 

 

O HMA também realiza cirurgias eletivas e oferece atendimento ambulatorial em mais de 20 especialidades médicas, todos via regulação. 

 

Nesses casos, a articulação entre o NIR e a Central de Agendamento é essencial para garantir agilidade, desde o agendamento até o retorno pós-cirúrgico.  

 

Além de organizar os fluxos internos, o NIR também atua nas transferências interinstitucionais, promovendo a continuidade do cuidado com base na complexidade necessária para cada paciente.  

 

“A articulação entre hospitais e a Central Estadual de Regulação é constante. Trabalhamos para garantir que cada paciente receba o atendimento no local certo, na hora certa, com os recursos adequados”, afirma Ane Meirele Ramos. 

 

A tecnologia também é aliada no processo. O hospital utiliza sistemas como o Gestor Hospitalar (GESTHOSP), o prontuário eletrônico e o Sistema de Regulação (SISREG), garantindo controle em tempo real da ocupação dos leitos, agilidade nas decisões e segurança das informações dos pacientes. 

 

Uma das inovações mais recentes foi a implantação da regulação online, que permite o monitoramento em tempo real da disponibilidade de leitos e melhora a comunicação com as demais unidades de saúde. 

 

Em um cenário de recursos limitados e alta demanda, a regulação garante que quem mais precisa seja atendido com prioridade, respeitando critérios técnicos e clínicos. Mais do que um sistema de controle, é uma ferramenta de justiça e organização no acesso à saúde pública. 

 

 

“A saúde é um esforço coletivo. Confiar no processo de regulação é respeitar o direito de todos e proteger a si mesmo e à sua família”, conclui Ane Meirele Ramos.

 

 

*Com informações da Ascom HMA.