Ainda que não oficialmente, o governo do Estado já admite que a reinvindicação dos policiais civis é justa (receber pelas 40 horas trabalhadas e não por 30), mas questiona o pagamento de retroativo.

Pois bem: por que não atender a primeira parte da reivindicação e depois jogar para a Justiça a solução da outra parte?

Parece ser o caminho mais racional para atenuar e começar a por um fim a uma crise que já ganhou contornos dramáticos.

Qualquer pessoa, mesmo não sendo dirigente governamental, sindicalista ou parlamentar que tenha lido um pouco sobre psicologia de massa (Freud e/ou Le Bon), há de concluir que um movimento coletivo e volumoso em que a arma está presente pode terminar em tragédia.

Por mais que os manifestantes sejam, em tese, preparados profissionalmente para usá-la, mobilização sindical prescinde, obrigatoriamente, de armas.

Ou seja: é um perigo geral, ante a possibilidade de uma ação ou reação motivada pela emoção.

Do outro lado, tentar mostra “quem manda no pedaço”, movido pela valentia covarde que o poder insufla – e por falta de formação cunhada na democracia do embate dos contrários -, não parece mesmo ser o melhor caminho para o entendimento.

Está na hora dos adultos intervirem.