Ednaldo da Silva atrasou o aluguel e vive nas ruas há dois meses. Ele foi um dos atendidos, nesta terça (6), no mutirão para pessoas em situação de rua que ocorre na Praça Deodoro, no Centro de Maceió. O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) é parceiro da iniciativa.
"Não tenho onde ficar. Estou acidentado do pé e vim saber do meu benefício, que está demorando muito. Preciso dele pra pagar um canto pra eu ficar", disse Ednaldo.
O mutirão segue até as 18h e é promovido pelo Comitê Pop Rua Jud da Justiça Federal, que reúne diversas instituições. A expectativa dos organizadores é atender cerca de 700 pessoas.
"Não se trata de paternalismo, mas de reconhecimento de direitos. Temos aqui toda uma rede interligada oferecendo serviços. Muita gente, por exemplo, não tem documentos e não consegue lograr um benefício que é básico e essencial para a dignidade da pessoa humana", afirmou o juiz federal Antônio José, coordenador do mutirão.
Ednaldo da Silva foi um dos atendidos no mutirão, que segue até as 18h na Praça Deodoro, Centro de Maceió. Foto: Diego Silveira
Serviços
No mutirão, é possível regularizar documentos e obter orientações jurídicas e de assistência social. Doação de roupas, calçados e kits de higiene, banho solidário, exames médicos, prevenção odontológica e corte de cabelo são alguns dos serviços que estão sendo oferecidos.
Para o desembargador Tutmés Airan, a iniciativa proporciona cidadania. "Essa união de esforços leva dignidade a essas pessoas, que são muito vulneráveis e precisam receber um olhar mais atento e um tratamento especial", afirmou.
O TJAL participa por meio de sua Coordenadoria de Direitos Humanos (CDH) e do programa Justiça Itinerante. "É importante levar à população carente de rua esses serviços, tanto na esfera de documentação como a prestação judicial. A Itinerante auxilia na retificação de registros e também disponibilizando autorizações para as segundas vias de documentos", ressaltou o magistrado.
Com Ascom TJAL