Confesso que fiquei surpreso quando o então governador Renan Filho decidiu entregar os serviços de abastecimento de água e esgoto da Casal à iniciativa privada.
Vendeu-os com outro nome, mas foi isso que aconteceu.
O argumento da “modernidade” da gestão de Filho, assim me pareceu, foi recebido pelos trabalhadores da empresa como uma boa nova.
É bem verdade que alguns funcionários, com tradição no sindicalismo local, reclamavam à boca miúda, mas evitaram bradar para não ferir a aliança política com o governo - um erro histórico quando se mistura sindicalismo com partido político.
Assim acho: sindicalistas podem ter partido - e por que não? -, mas os sindicatos não.
Agora que o governo quer raspar o tacho, entregando o restinho que sobrou da Casal, a reação parece tardia demais.