A Delegacia de Estelionatos da Polícia Civil de Alagoas (PCAL) desarticulou um grupo criminoso especializado no golpe do "bilhete premiado", que causou prejuízo de aproximadamente R$ 2 milhões a seis vítimas em 2024.
A operação foi comandada pelo delegado Lucimério Campos e cumpriu seis mandados de busca e apreensão, emitidos pela 7ª Vara Criminal da Capital de Alagoas. A ação ocorreu em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, nesta semana, e teve como alvo crimes de estelionato praticados contra idosos residentes em Maceió.
Durante a operação, os policiais apreenderam dois veículos utilizados pelos criminosos e adotaram medidas judiciais para bloquear valores estimados em R$ 2 milhões, com o objetivo de garantir o ressarcimento às vítimas.
Como funciona o golpe?
O golpe do "bilhete premiado" é um esquema amplamente conhecido em Maceió e tem como alvo principal idosos. Uma integrante do grupo, geralmente mulher, se aproxima das vítimas, alegando ter um bilhete de loteria premiado com um grande valor. Ela pede ajuda para resgatar o prêmio, dizendo ser Testemunha de Jeová e não poder receber o valor integral.
Durante a abordagem, um homem bem-vestido se junta à conversa e oferece ajuda, alegando ter ouvido a situação. Juntos, eles convencem a vítima a adquirir parte do prêmio, fazendo ligações para falsas centrais telefônicas que confirmam a premiação. O golpe é ajustado conforme a reação da vítima, oferecendo o bilhete a um valor reduzido ou sugerindo uma contribuição para uma falsa doação beneficente.
Em seguida, os criminosos acompanham a vítima até um banco, onde ela é induzida a realizar transferências via PIX, TED ou a contratar empréstimos bancários, com os valores sendo depositados em contas de terceiros, conhecidas como "laranjas".
Logo após, o dinheiro é então rapidamente transferido para outras contas, dificultando o rastreamento e bloqueio pelas autoridades. O patrimônio subtraído é rapidamente distribuído entre contas de comparsas para dificultar o rastreamento e bloqueio pelas autoridades.
Cooperação policial interestadual
A operação contou com apoio fundamental da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, através da 2ª Delegacia de Polícia de Passo Fundo, sob comando da Delegada Carolina Goulart. Participaram também a SIPAC da 6ª DPRI, a DRACO de Passo Fundo e o NUCIBER - Núcleo de Combate aos Cibercrimes da Polícia Civil do Paraná.
O Departamento de Aviação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul disponibilizou uma aeronave institucional para o deslocamento da equipe alagoana. A medida agilizou os trabalhos investigativos e logísticos durante o cumprimento das ordens judiciais, dada a distância entre Porto Alegre e Passo Fundo.
*Com Ascom PCAL