Nunca “na história desse estado”, um governante e seus aliados tiveram uma derrota tão humilhante nas eleições da capital quanto Paulo Dantas (nem um vereador conseguiu emplacar!).
Como transformar, no entanto, uma lapada de votos de mais de 83% a 12% em uma vitória?
Eis que essa tentativa está em curso, via comunicação oficial.
Há um clássico sobre a guerra que é mais ou menos o seguinte: existem dois territórios de enfrentamento nesse caso: o teatro da guerra, propriamente, e a guerra da narrativa.
Para os palacianos – e os mais reluzentes aliados –, a batalha das urnas foi fragorosamente perdida, mas a outra ainda está em curso.
Que fique claro: a derrota de agora pode ser revertida, daqui a dois anos, pela votação que vem do interior, controlada em regra pelos caciques e coronéis (o que não contempla, ressalte-se, Arapiraca e demais municípios de maior tamanho).
O voto vale a mesma coisa em qualquer lugar?
É verdade.
Isso, entretanto, não apaga o vexame de agora.
E foi feio.