Quem vê o presidente da Assembleia Legislativa comandando as sessões da Casa de Tavares Bastos com serenidade e cordialidade pode até estranhar o deputado Marcelo Victor num palanque eleitoral.
Mas ele está lá, num palanque de interior, vociferando e desafiando: “Venham dar em mim no meio da rua”. Destaca a sua pouca estatura física, que não pode ser confundida - nem mesmo por ele - com a estatura moral que alguém na sua condição deve perseguir.
Brabo até não mais poder.
É deprimente para alguém que ocupa o cargo de presidente de um poder e ainda é o padrinho do governador, tendo influência nas demais instituições do Estado, se comportar como um senhor da guerra, o herói de um público que espera o desfecho trágico para ter algum divertimento.
Seu discurso poderia ser atribuído àquele Marcelo Victor que agrediu um funcionário da antiga CEAL, que flagrou um gato de energia em uma das suas casas, ou se enfureceu com um garçom em um restaurante do Farol - e que parecia ter sido pacificado.
Nada disso, pode se concluir, estava apenas dormindo.
Infelizmente, esta parece ser a “natureza” do parlamentar, igual à de tantos outros valentões da política local, que se acham acima da lei.
A questão é: quem vai enfrentar o político que comanda as polícias de Alagoas?
Em tempo: deixo de publicar o vídeo da manifestação de valentia victoriana em respeito aos poucos leitores deste espaço. De violência, as publicações diárias estão repletas.