Técnicos da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), em colaboração com as secretarias municipais de Agricultura, estão conduzindo uma força-tarefa em cinco municípios do litoral norte e zona da mata do estado. O objetivo é identificar possíveis novos focos da Sigatoka Negra, doença detectada nos municípios de Porto de Pedras e Porto Calvo, ambos localizados no litoral norte de Alagoas.

O trabalho de campo, que teve início na segunda-feira (10) e segue até o próximo dia 17.

“Os fiscais estarão percorrendo propriedades produtoras de banana dos municípios de Porto de Pedras, Porto Calvo, Maragogi, Jacuípe e Colônia de Leopoldina, inspecionando as áreas e verificando se há ou não a ocorrência da doença. Na oportunidade, os produtores serão orientados sobre as medidas imediatas a serem adotadas. É importante contar com a parceria do produtor para que ele também atue como multiplicador no combate a praga”, afirmou a chefe do Núcleo de Defesa Vegetal da Adeal, Maria José Rufino.

Há cerca de dois anos, o primeiro foco da doença foi detectado em Alagoas e mantido sobre controle, após trabalho de campo realizado pela equipe técnica da Adeal, no município de Igreja Nova.

 

Doença

Considerada uma praga quarentenária devido aos seus impactos econômicos significativos, a Sigatoka Negra é altamente agressiva e prejudica a qualidade dos frutos, reduzindo o rendimento da cultura se não forem adotados procedimentos técnicos adequados.

A presença da Sigatoka Negra foi registrada pela primeira vez no Brasil em fevereiro de 1998 e desde então tem sido observada em diversos estados do país. 

O fungo responsável pela doença, Mycosphaerella fijiensis Morelet, é disseminado por fatores ambientais como umidade, temperatura e vento, além do transporte de folhas doentes em barcos ou caminhões utilizados na indústria bananeira para proteger os frutos durante o transporte.


*Com Ascom Adeal