A entrada da sede da Prefeitura de Maceió, no Jaraguá, foi alvo de manifestações da Juventude Sem Terra de Alagoas e famílias afetadas pelo afundamento do solo causado pela mineradora Braskem, na manhã desta quarta-feira (5), data em que é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente.
Os manifestantes jogaram tinta de cor vermelha, cascas de sururu e peixes na calçada do prédio que é comandado por João Henrique Caldas (JHC), prefeito da capital alagoana. Além de carregarem cartazes com frases que denunciam a extração irresponsável de sal-gema dos bairros afetados.
“Essa ação foi realizada pelo MST em conjunto com moradores e moradoras dos bairros que seguem em luta por justiça e reparação. Fizemos um escracho em alusão ao dia do meio ambiente, na porta da Prefeitura de Maceió, denunciando a omissão da gestão municipal com o maior crime ambiental em solo urbano do mundo cometido pela petroquímica Braskem”, informa Weldja Marques, integrante do MST Alagoas.
“Estamos em jornada nacional em defesa da natureza e de nossos povos. Nossa jornada iniciou dia 1 de junho e se encerra no dia 8 desse mês", acrescenta.

O ato critica o silêncio da gestão municipal acerca do crime que afetou cinco bairros (Pinheiro; Mutange; Bebedouro; Bom Parto e Farol) da cidade e que fez mais de 60 mil pessoas vítimas do maior crime ambiental em solo urbano do mundo.
Os protestantes também pedem que a prefeitura assuma a responsabilidade pelas famílias atingidas. Segundo o movimento, o acordo bilionário da gestão com a Braskem teve pouca transparência em relação a aplicação dos recursos para as populações atingidas.
Ainda de acordo com a Juventude Sem Terra de Alagoas, a indenização pelos danos causados teve parte dela aplicada na compra do Hospital do Coração, novo hospital municipal.

