Palmeira dos Índios perde um de seus grandes estudiosos e defensores da cultura indígena. O professor Clóvis Antunes Carneiro de Albuquerque faleceu em 8 de maio do corrente ano, aos 93 anos, no Recife, Pernambuco, onde vivia desde sua aposentadoria da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Nascido em Jaboatão, Pernambuco, em 4 de julho de 1930, Clóvis deixou um legado de dedicação e paixão pelo estudo das culturas indígenas, especialmente as de Alagoas.
Antropólogo, historiador e escritor, Clóvis Antunes Carneiro de Albuquerque foi autor de diversas obras que enriqueceram o conhecimento sobre os índios do Nordeste, com especial ênfase nas comunidades de Palmeira dos Índios. Sua produção acadêmica e literária foi fundamental para a preservação e valorização da história e da cultura indígena na região.
Na década de 1980, Clóvis atuou como assessor especial para assuntos indígenas no governo de Divaldo Suruagy, onde se destacou por sua defesa incansável dos direitos dos povos indígenas. Sua contribuição foi essencial para a promoção de políticas públicas voltadas para essas comunidades.
Residente em Maceió por grande parte de sua vida, Clóvis foi uma figura central na UFAL, onde inspirou inúmeras gerações de estudantes com seu vasto conhecimento e entusiasmo pela antropologia. Além disso, trabalhou como fisioterapeuta no Hospital de Ciências Médicas no Trapiche, Alagoas, evidenciando seu compromisso com a saúde e o bem-estar da comunidade.
Em Palmeira dos Índios, Clóvis também foi uma figura de destaque. Como diretor do Colégio Pio XII, da Congregação Coração de Jesus, ele deixou uma marca duradoura na educação de muitos alunos e colegas, sendo lembrado por sua liderança e dedicação.
A partida de Clóvis Antunes Carneiro de Albuquerque deixa uma lacuna irreparável, mas seu legado continuará a inspirar e orientar futuras gerações de estudiosos e defensores da cultura indígena. O professor será lembrado não apenas por suas contribuições acadêmicas, mas também por sua integridade, paixão e dedicação às causas que abraçou ao longo de sua vida.
Clóvis deixa saudades em sua família, amigos, colegas de profissão e em todos aqueles que tiveram o privilégio de conhecê-lo e aprender com ele. Seu trabalho e memória permanecerão vivos, refletindo a importância de sua missão e a profundidade de seu impacto na sociedade alagoana e brasileira.