Debatendo futuros possíveis para Maceió  

10/05/2024 07:52 - Avança+
Por Rafael Brito
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Construir soluções a partir do diálogo e do aprendizado com os mais diversos setores da sociedade civil é a missão do “Fala Maceió”, uma série de encontros iniciada com o setor cultural e que essa semana contou com a participação de professores, pesquisadores e técnicos de instituições de ensino e entidades do meio científico. Ouvir atentamente o grupo de acadêmicos sobre questões essenciais da nossa cidade é um passo importante para a construção de um plano que atenda as demandas da nossa população.

Mobilidade urbana, cidades inteligentes, soluções inovadoras na saúde, na educação, no convívio urbano foram alguns dos muitos temas abordados com esses representantes da comunidade científica. O encontro foi mediado por dois grandes articuladores desse segmento, o professor Fábio Guedes, presidente da Fapeal, e o secretário Silvio Bulhões, que comanda a pasta da Ciência e Tecnologia no Governo de Alagoas.

Esses pesquisadores universitários analisam, há anos, dados e informações sobre a região metropolitana e abordaram, no encontro, questões essenciais para a formulação de um plano de desenvolvimento urbano para a nossa cidade. As pesquisas desenvolvidas por eles precisam ser valorizadas, por isso a importância desse encontro, que vai se desdobrar em tantos quantos forem necessários.

Tenho contato com a participação e contribuição de representantes de diversos segmentos para pensar Maceió além do cartão postal, tornando nossa capital um modelo para o desenvolvimento urbano e humano. Vamos tornar a cidade inteligente, mas sem idealizações, sem utopia, com resultados possíveis, palpáveis. 

Vou dar um exemplo: a marcação de procedimentos médicos sempre foi um problema em Maceió e até agora só trocaram de nome, de Cora para Pronto, mas sem qualquer solução prática para resolver os gargalos. Nós precisamos apresentar um sistema que, de fato, atenda as pessoas, os pacientes, a população que precisa de atendimento na saúde pública. É preciso que a gestão municipal entenda que nem tudo é marketing nem postagens nas redes sociais.

Uma cidade inteligente tem que ter a população, as pessoas, no centro de tudo. Não precisamos de promessas ou metas “românticas” e inalcançáveis. Precisamos ter agilidade no agendamento de consultas e exames, nas matrículas das crianças nas creches, na concessão de alvará para funcionamento de um pequeno negócio, só para citar alguns exemplos. Adotar processos, sistemas, tecnologias e, principalmente, metas factíveis, que mudem para melhor o cotidiano do maceioense. 

São missões importantes que contam com a contribuição dos especialistas que estão nas universidades, professores, pesquisadores, cuja expertise se baseia em dados, indicadores e resultados. A maioria das soluções não exige muitos recursos, apenas disposição e vontade de resolver as coisas. 

Quando assumi a Secretaria da Educação criei o programa Cartão Escola 10 que mudou a vida de milhares de alunos da rede pública estadual. Eu farei o mesmo com a rede municipal. Levamos a experiência de Alagoas para o Governo Federal, ainda no período de transição, e hoje temos o Pé de Meia. Inspiração alagoana que já beneficia todo o país. 

É a isso que me refiro quando falo de sonhos possíveis. Planejar, aprender com as boas experiências, implantar novas práticas que inspiram trajetórias e garantem o futuro de crianças e jovens. Nosso propósito é atingir resultados que mudam, na prática, a vida da população.  

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