Independentemente do índice escolhido pelo governador Paulo Dantas – ou qualquer outro governante -, o reajuste dos servidores públicos será sempre proporcional à capacidade de mobilização das entidades que representam os trabalhadores do serviço público.

Sem pressão, o reajuste – ou reposição – vai depender sempre da boa vontade do governante: ele define o percentual de acordo com a sua necessidade política ou de marketing. 

Mas há de se considerar que o governo negociou com inteligência o reajuste definido – por enquanto, pelos menos – para este ano.

Inicialmente, como apresentou ontem à noite, seria de 4,62% - divididos em duas vezes. Ante a repercussão da notícia, já apresentou um “novo” reajuste, de 5%, o que dá uma sensação de avanço.

Mas como explicou um internauta, que esteve em posição privilegiada na negociação de ontem (ver comentário na matéria anterior), o percentual anunciado na madrugada já estava definido, cabendo à assessoria de Dantas jogar o jogo da “tragédia” com final feliz (?).

Mas, claro, o martelo ainda não está batido, e o reajuste será do tamanho da mobilização de sindicatos e servidores, o que dá trabalho, mas que pode dar resultados positivos para os trabalhadores.   

Como não há, pelo menos aparentemente, essa mobilização, um trabalho contínuo – e dá trabalho mesmo -, muito provavelmente o reajuste ficará no que foi anunciado por Dantas.

Tem também a Assembleia Legislativa, que vai apreciar a matéria, mas há de ter coragem para pressionar os deputados - inclusive os CACs – que habitam a Casa de Tavares Bastos. 

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