O médico Luiz Carlos Buarque de Gusmão, que utilizou a imagem de uma mulher nua durante um curso voltado à área da saúde ministrado em Maceió, em agosto de 2023, processou uma mulher pela “suposta” exposição do caso em redes sociais. Na segunda-feira (8), a Justiça de Alagoas julgou improcedente a ação impetrada pelo médico. 

De acordo com a decisão do juiz José Cícero Alves da Silva, da 1ª turma recursal da 1ª região, afirmou, em sua decisão, que “não se observa a ocorrência de violação ou uso indevido da imagem do recorrido. Na realidade houve um relato de fato verdadeiro, ocorrido numa palestra ministrada pelo recorrido”.

O magistrado acrescentou ainda que “o fato que repercutiu amplamente na mídia não se trata de uma inverdade, mas de conteúdo colhido de uma palestra em que o próprio assumiu “que a referida aula é dada pelo autor há mais de 20 anos, e  utiliza o mesmo material, desde então, ou seja, o material utilizado pelo professor para o curso em questão é o mesmo utilizado desde 1990”.

Diante do ocorrido, o juiz ainda observou que a mulher, que fez a publicação da imagem, sequer mencionou a identidade do professor em sua postagem. No entanto, Luiz Carlos “foi identificado pelos demais em virtude do que ele mesmo afirma: de que sempre se utilizou da imagem em suas aulas”.

O caso

Acadêmicos de Medicina compartilharam nas redes sociais registros de uma aula realizada durante um curso, no qual os slides exibiam imagens de uma mulher nua, mesmo que tal conteúdo não estivesse relacionado ao tema da aula em questão, que abordava a cicatrização.

O caso aconteceu em agosto de 2023, durante o Curso de Emergências Clínico-Cirúrgicas, realizado em Maceió. Os alunos presentes no curso questionaram o uso da foto. 

Internautas reagiram com indignação nas redes sociais ao verem as imagens.

A organização do curso lamentou o ocorrido e definiu as imagens como uma “infelicidade”.

Após o ocorrido o médico Luiz Carlos Buarque de Gusmão foi desligado do Hospital Geral do Estado (HGE).