O promotor de Justiça Antonio Vilas Boas, falou sobre as expectativas em relação à pena do réu confesso, Arnóbio Henrique Cavalcante Melo, acusado de matar a ex-esposa e advogada, Joana Mendes com 32 facadas. O júri do caso acontece na manhã desta segunda-feira (1º), no Fórum do Barro Duro, em Maceió.
"A expectativa do Ministério Público é a prisão do réu. Não me parece que exista outra decisão do conselho de sentença. Uma vez que o réu é confesso, ainda que tenha deixado nas entrelinhas que tenha matado a vítima em legítima defesa, que é um absurdo", explica o promotor.
Além disso, ele ressalta que, desde o início, a tese de que foi um homicídio triplamente qualificado, pelo meio cruel, pelo próprio crime de feminicídio.
Sendo assim, a expectativa é de uma sentença que reflita a gravidade do crime, ultrapassando os 20 anos de reclusão. "Que a ele seja aplicado uma pena justa, e uma pena justa, deve superar a casa dos 20 anos.", acrescenta.
Caso Joana Mendes
No dia 5 de outubro de 2016, a advogada Joana de Oliveira Mendes foi encontrada morta dentro de um veículo no Conjunto Santo Eduardo. Sua face estava ensanguentada, e a perícia revelou que ela foi vítima de 32 facadas na cabeça.
Segundo investigações, seu ex-marido, Arnóbio Henrique Cavalcante Melo, marcou um encontro com ela sob o pretexto de discutir a guarda do filho de dois anos. No entanto, ele estava armado e a atacou no interior do automóvel. O corpo de Joana foi encontrado ainda preso ao cinto de segurança. Apesar da tentativa de fuga, o ex-companheiro foi posteriormente capturado.