2024: em dois meses Alagoas registrou 1.112 casos de pessoas picadas por escorpiões; confira onde procurar atendimento

26/03/2024 06:00 - Saúde
Por Redação
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Nos meses de janeiro e fevereiro de 2024, Alagoas registrou 1.112 casos de pessoas picadas por escorpiões, o que representa uma redução de 27% se comparado com o ano anterior. Apesar do alto índice, no mesmo período em 2023, o Programa de Controle de Animais Peçonhentos da Secretaria de Estado da Saúde registrou 1.527 ocorrências. Ainda conforme a secretaria, no ano passado Alagoas registrou um total de 11.634 casos.

A assessoria de Comunicação da Sesau explicou que no verão, devido às altas temperaturas, o número de acidentes com escorpiões tende a aumentar. De acordo com a enfermeira do Programa de Controle de Animais Peçonhentos da Sesau, Fernanda Vieira, é necessário atentar para os sintomas apresentados e as unidades que são referência para este tipo de atendimento.

Fernanda salienta que a maior preocupação é com as crianças, idosos e pessoas com imunidade baixa. Segundo os especialistas, esse público é o mais suscetível a sofrer complicações decorrentes do ataque de animais peçonhentos, principalmente dos escorpiões.

A enfermeira explicou que, em casos de picadas, é recomendável limpar o local com água e sabão. “Também é importante procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) municipal para receber atendimento. Mas se o caso for grave, o paciente será encaminhado para uma unidade de referência ou ele mesmo pode já procurá-la, visando receber o soro antiescorpiônico, que só é prescrito em casos graves”, salientou.

 

Onde procurar atendimento?

Em casos de agravamento dos sintomas, as vítimas que residem em Maceió, ou na região metropolitana da capital, devem se deslocar para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Tabuleiro do Martins, para a UPA do Jacintinho ou para o Hospital Escola Hélvio Auto (HEHA), no Trapiche.

Já se a pessoa que se encontra no interior de Alagoas deve procurar atendimento nos seguintes locais:

- Arapiraca: Unidade de Emergência Dr. Daniel Houly;

- União dos Palmares: Hospital Regional da Mata (HRM);

- Palmeiras dos Índios: Hospital Regional Santa Rita;

- Penedo:  : Unidade de Emergência Enfermeiro Antônio de Jesus;

- Delmiro Gouveia: Hospital Regional do Alto Sertão (HRAS);

- Pão de Açúcar: Unidade Mista Djalma dos Anjos;

- Piranhas: : Unidade Senador Afonso Farias de Melo;

- Santana do Ipanema: Hospital Clodolfo Rodrigues;

- Coruripe: UPA Coruripe;

- Maragogi: UPA Maragogi;

- Porto Calvo: Hospital Regional do Norte (HRN);

- São Miguel dos Campos: UPA São Miguel dos Campos;

- Viçosa: UPA Viçosa.

 

Situação assustadora

A servidora pública Cecília Santos mora no Condomínio Jardim Vaticano e disse à reportagem que está muito apreensiva. “Há uns dias encontrei um escorpião na porta do meu apartamento e isso me preocupou bastante”, relatou.

Cecília disse que mantém as portas vedadas para evitar que insetos invadam seu apartamento, no entanto, nunca pensou em se deparar com um escorpião. “Essa situação é assustadora e o que mais preocupa é que, como moro em apartamento não sei dizer se os vizinhos tomam os devidos cuidados com a higiene para evitar que escorpiões apareçam”, lamentou.

A moradora comentou ainda que o prédio foi dedetizado há alguns dias, porém, na parte inferior o acondicionamento do lixo não é adequado e na área ainda há entulhos e objetos que são “ambiente propício para a proliferação de escorpiões e outros bichos”, reclamou.

 

Prevenção de Acidentes

Fernanda Vieira enfatizou, entretanto, que os acidentes com escorpiões podem ser evitados, bastando para isso atentar para alguns cuidados básicos. “É necessário limpar com frequência as caixas de gorduras e mantê-las vedadas e, antes de utilizar sapatos, toalhas e roupas, verificar que não há um escorpião agarrado”, alerta a enfermeira do Programa de Controle de Animais Peçonhentos da Sesau.

Outro cuidado importante é cobrir os ralos e acondicionar bem o lixo, visando não atrair baratas, que fazem parte da cadeia alimentar do escorpião, além de não entulhar material de construção. “Deve-se evitar colocar as mãos em buracos no solo, troncos ou em pedaços de madeira, e sempre utilizar luvas quando for preciso executar este tipo de ação”, orientou.

 

Registros nas cidades alagoanas

Ainda em relação aos dois primeiros meses deste ano, o município alagoano que mais registrou casos de acidentes com escorpiões foi a capital, com 303 casos, seguido da cidade de Arapiraca, com 183, e de Teotônio Vilela, com 62.

Segundo a Sesau, não houve registros de óbitos por acidentes com escorpiões desde janeiro do ano passado até fevereiro deste ano. Até o momento, somando os dados deste período, foi obtido um total de 12.746 casos de picadas no estado.

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