O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, o PL, terá uma estratégia para eleger entre 12 a 14 vereadores na capital alagoana: reunir dentro da legenda pessoas dos mais diversos espectros políticos, incluindo até mesmo o “ex-petista” Cléber Costa. 

 

Na lista, estão também nomes que saíram do PSB (um partido de esquerda) para o PL: é o caso dos vereadores Fábio Rogério e Rodolfo Barros, que passam a integrar o bloco do “chapão” liberal. 

 

Mas, como essa questão de identidade ideológica sempre foi uma bagunça em Alagoas, não por acaso, um político de espectro de centro-direita, o vereador Eduardo Canuto, estava na Federação formada pelo PV, PCdoB e PT. Agora, Canuto passa a estar em uma legenda onde se sente mais em casa: o PL. 

 

O ex-emedebistas Chico Filho e Luciano Marinho também chegam ao PL, deixando a legenda comandada por Renan Calheiros para estar no “barco” de JHC. Há a previsão de que o presidente da Câmara Municipal de Maceió, Galba Netto (MDB), tenha o mesmo destino dentro do prazo da “janela partidária”. 

 

Brivaldo Marques é outro vereador emedebista aguardado pelo PL.

 

Outros nomes, que não podem ser definidos por questões ideológicos, também chegam à agremiação: Marcelo Palmeira (ex-Podemos) e Cal Moreira (ex-PV). 

 

Eles se somam a Siderlane Mendonça e Leonardo Dias, que já se encontravam na sigla. Por sinal, Dias foi o primeiro da turma, pois saiu do PSD para o PL logo que Jair Bolsonaro se filiou à legenda, ainda em 2022, chegando até mesmo a comandá-la no Estado, antes do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC, ter assumido o posto de presidente estadual do PL.

 

Dos nomes com mandato, Leonardo Dias é o único que se pode realmente classificar como “bolsonarista” ou “conservador direitista”. 

 

Para reforçar o time e chegar à conta de eleger até 14 vereadores, o partido ainda será reforçado com “apostas” que não possuem mandatos, como Caio Bebeto, filho do deputado estadual Cabo Bebeto (PL); Jonathan Omena; Neto Andrade; Ib Brêda; Alan Balbino; dentre outros. 

 

Isto mostra que o PL de Alagoas tem uma estratégia diferente da maioria dos diretórios do PL espalhados pelo país, que focam em construir uma sigla totalmente alinhada com Bolsonaro. Por aqui, o que vale é o projeto de JHC para enfrentar os Calheiros, não apenas nesta eleição, mas já pensando em um futuro próximo...