O Brasil possui um potencial econômico extraordinário, ainda que seja regularmente afetado pela famosa "síndrome do voo de galinha", que é caracterizada por ciclos de crescimento econômico seguidos por períodos de recessão. A chave para quebrar esse ciclo pode estar na promoção dos pequenos negócios, no estímulo à inovação e à pesquisa, e em um investimento maciço em uma educação de qualidade.
Os pequenos negócios representam uma força vital para a economia brasileira. Através de uma desburocratização, uma reforma fiscal que facilite a vida do empreendedor e políticas públicas de apoio a micro e pequenas empresas, será possível criar um ambiente de negócios mais favorável. Isso, por si só, é o suficiente para permitir que mais empreendedores entrem no mercado, gerem empregos e impulsionem o crescimento econômico consistente e duradouro.
A inovação e a pesquisa são os catalisadores do progresso econômico, um padrão comprovado entre diversas economias bem-sucedidas. Para se alinhar com esses exemplos de sucesso, o Brasil precisa, sem dúvida, cultivar um ambiente propício à inovação, incentivando a pesquisa e o desenvolvimento e fomentando a formação de startups. Isso pode ser realizado por meio de políticas direcionadas ao incentivo à inovação e à pesquisa, do estabelecimento de parcerias entre universidades - essas que devem estar comprometidas com uma agenda comum de inovação - e empresas, e ainda pela criação de centros de inovação e incubadoras de startups.
E o ponto crucial e determinante é a implementação de uma educação de alta qualidade, que serve como alicerce para um desenvolvimento econômico sustentável. O Brasil necessita priorizar investimentos na educação desde a primeira infância – a meu ver, este é o investimento mais crucial e, há décadas, o mais negligenciado - até o ensino superior. Isso envolve a capacitação de professores de alto nível, a atualização de currículos para incorporar habilidades pertinentes ao século XXI e o investimento em infraestrutura educacional. Uma população educada é intrinsecamente mais produtiva, inovadora e habilitada a contribuir para o crescimento econômico.
Ao deixar de lado a "síndrome do voo de galinha" e focar no apoio aos pequenos negócios, na promoção da inovação e da pesquisa, e na melhoria da educação, o Brasil pode alçar voos mais altos e sustentáveis – voar como águia. Este é um caminho desafiador, mas com a visão correta, investimento estratégico, valorização do potencial humano e compromisso político de nação, teremos um caminho que pode levar a uma economia brasileira mais forte, inovadora, resiliente e capaz de entregar um futuro promissor as próximas gerações.