Ranking de técnicos: Abel Ferreira é melhor de 2023, e estrangeiros dominam top 10

24/12/2023 16:02 - Esporte
Por Extra - O Globo
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Foi por um jogo. Exatamente o último da temporada. Se Fernando Diniz, do Fluminense, tivesse conseguido o extraordinário — vencido o Manchester City na final do Mundial de Clubes da Fifa, na sexta-feira —, teria sido o sexto treinador agraciado com o prêmio de melhor do ano nos seis de existência do Ranking de Técnicos do Globo/EXTRA. Como não conseguiu, o título pela primeira vez tem um bicampeão: Abel Ferreira, do Palmeiras, volta ao topo em que esteve em 2020.

O português nunca esteve muito longe do primeiro lugar. Em 2021 e 2022, anos entre suas duas lideranças, ficou em segundo atrás de Cuca, na época no Atlético-MG, e Dorival Júnior, pelo trabalho no Flamengo no ano passado. Fato é que, desde sua chegada ao Brasil, Abel, no máximo, divide os holofotes de melhor do país com um companheiro de profissão. Foram três taças em 2023 (Supercopa do Brasil, Paulista e Brasileiro), contra duas de Diniz (Carioca e Libertadores).

 

 

Ranking de treinadores O Globo/EXTRA de 2023 — Foto: editoria de arte

 

Com regras que valorizam tanto o treinador que desenvolve um longo trabalho, quanto aquele que faz um retumbante tiro curto, o ranking de 2023 acabou por prestigiar o primeiro. A classificação trouxe, nos quatro primeiros lugares, os quatro técnicos há mais tempo no cargo entre os principais clubes no país: Abel (três anos e um mês no Palmeiras), Diniz (um ano e sete meses no Fluminense), Juan Pablo Vojvoda (dois anos e meio no Fortaleza) e Renato Gaúcho (um ano e três meses no Grêmio).

Curiosamente, os quatro foram, também, campeões estaduais neste ano. Muitas vezes desvalorizados, os títulos regionais somaram pontos importantes para a posição de cada um no ranking. Abel não teria vencido Diniz se não fosse a virada sobre o Água Santa. E Vojvoda e Renato superaram o campeão da Copa do Brasil, Dorival Júnior, graças a essa pontuação.

Diniz e Vojvoda, aliás, são estreantes no top 3. Ambos tinham conseguido, no máximo, um quinto lugar (em 2020 e 2021, respectivamente). Abel, além de se tornar o maior vencedor, isola-se também como o treinador com mais aparições no pódio, a quarta consecutiva, nas quatro temporadas à frente do Palmeiras. Renato, primeiro vencedor do ranking e que por três anos seguidos esteve no top 3, completa agora o mesmo período fora dele.

Com a vitória de Abel Ferreira, somada à de Jorge Jesus em 2019, são três anos com um português como melhor técnico do ano no Brasil nos últimos seis. Mas a escalada da presença estrangeira se vê mesmo no top 10.

Quando o ranking foi criado, em 2018, nenhum estrangeiro apareceu entre os 10 primeiros. No ano seguinte, já foram dois. De 2018 a 2023, a presença gringa foi aumentando em um treinador por ano, até que chegamos ao ano passado, quando foram cinco de fora no top 10, contra cinco nacionais. Este ano, a virada. Já são mais estrangeiros que brasileiros entre os 10 melhores do país: além de Abel, os portugueses Pedro Caixinha, do Bragantino, e Luís Castro, do Botafogo; e os argentinos Vojvoda, Eduardo Coudet, de Atlético-MG e Internacional, e Jorge Sampaoli, do Flamengo.

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