De acordo com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de habitantes que se encontram em situação de pobreza e de extrema pobreza no Brasil caiu em 2022. A redução nos números diminuíram, respectivamente, de 36,7% para 31,6%, e de 9,0% para 5,9%. Os dados foram comparado ao que foi apurado em 2021.
O instituto levou em consideração os parâmetros do Banco Mundial de US$ 2,15/dia para extrema pobreza e de US$ 6,85/dia para a pobreza, em termos de Poder de Paridade de Compra. Essa queda mostrada no índice está relacionada diretamente aos programas de transferências de renda, além da melhora na economia e do mercado de trabalho.
Queda em todas as regiões
De 2021 a 2022, a extrema pobreza e a pobreza recuaram em todo o território brasileiro, com as maiores quedas sendo registradas na região Norte (-5,9 p.p e -7,2 p.p) e Nordeste (-5,8 p.p e -6,2 p.p).
No ano de 2022, o IBGE registrou cerca de 67,8 milhões de pessoas na pobreza e outras 12,7 milhões em extrema pobreza. Um recuo bastante significativo de 10,2 milhões e 6,5 milhões, respectivamente.
Desigualdade aparente
As pessoas pretas ou pardas representavam, em dados da mesma pesquisa, mais de 70,0% dos pobres ou extremamente pobres.
Em 2022, cerca de 40% das pessoas de cor ou raça preta ou parda eram consideradas pobres. O patamar é duas vezes superior se comparado à taxa da população branca (21%).

Rendimento do trabalho
O rendimento do trabalho foi responsável por 27,4% do rendimento do grupo extremamente pobre. Para aqueles que se encontram em situação de pobreza, o rendimento do trabalho equivale a 63,1% da renda.
Impacto de programas sociais
Grande parte da renda de pessoas que vivem na extrema pobreza vem diretamente de programas sociais. Além de ajudar a compor a renda das famílias, os benefícios sociais governamentais também tiveram papel fundamental na redução da extrema pobreza no país.
O estudo também fez uma análise sobre com seria se não existissem os referidos programas. Nesse cenário, a extrema pobreza estaria 80% maior. O percentual, nesse caso, teria saltado de 5,9% para 10,6%. Já na situação de pobreza, os números passariam de 31,6% para 35,4%.
*estagiário com supervisão da editoria