Ainda que não seja lá grande coisa, o debate sobre a tragédia da Braskem aconteceu na sessão de ontem da Assembleia Legislativa. E chegou a ter ranger de dentes quando a discussão entrou no campo da possível CPI do Senado.

A referência feita pelo deputado Cabo Bebeto a uma suposta propina da Braskem – quem há de saber das delações da Odebrecht? – gerou abespinhamento entre alguns parlamentares, com destaque para o deputado Remi Calheiros, irmão do senador Renan, tio do ministro Filho, pai do vice-prefeito de Murici e tio do atual prefeito, que será substituído pelo vice, no próximo ano, e marido da secretária de Ação Social do município.

Há de se indagar? 

Sai alguma coisa do rico debate?

(Antes de prosseguir, um chiste clássico do Barão do Itararé: “De onde menos se espera, daí é que não sai nada menos”.)

Até o presidente Marcelo Victor interveio, em nome do regimento, para garantir a defesa de Calheiros, deixando o parlamentar militar reformado completamente isolado. 

Não é nada, não é nada, não é nada mesmo. 

Ainda assim, o resultado pode ser considerado até melhor do que o da sessão do TC, realizada também ontem, numa Lousane tropical.