Trecho da Al-220 com seis KM de extensão em área urbana, estão localizados o 3º BPM. Hospital Chama e o Hospital de Emergência do Agreste, além de inúmeros bairros em ambos os lados da rodovia.
“Como se não bastasse um pequeno e mal estruturado campo de pouso apelidado de “aeroporto”, dotado de uma pista de apenas 730 metros de extensão, ou seja, menos dos mil metros minimamente recomendável pela ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil. Significa dizer que, as operações de pouso e decolagem são extremamente perigosas; umas tais adutoras, também comprovadamente mal calculadas, como se fosse para abastecer uma corrutela de quinta categoria, e não uma cidade do porte de Arapiraca, cuja população hoje em torno de 240 mil habitantes que frequentemente padecem com a falta de água, e o pior, paga pela água que não consome, pois uma gota sequer chega nas torneiras; um “distrito industrial” criado apenas como um fato político eleitoreiro, que não passa de um sepulcro, que nem caiado é. O que deveria ser um Distrito Industrial em Arapiraca não passa de um fantasma envolto a um matagal que atesta o seu desuso;
Como se tudo isso fosse pouco, outro grande e gritante problema que aflige a laboriosa população arapiraquense, é falta de passarelas no trecho da AL 220, denominado Avenida José Alexandre, que tem seu início na rotatória do posto da Polícia Rodoviária Federal, culminando no trevo do Grupo Coringa. Essa longa avenida duplicada, divide a cidade entre dois polos densamente populosos, além de inúmeras empresas e unidades hospitalares ali existentes, proporcionado um grande fluxo de pedestres, que são obrigados a fazerem aquela perigosíssima travessia, hoje conhecida como “travessia da morte”.
A rodovia supra mencionada, foi construída no governo de Teotônio Vilela (filho), uma obra importante, sim! Mas me desculpe, uma obra também mal planejada, pois quem a planejou sabia muito bem que no perímetro urbano a rodovia AL 220, dividiria a grande cidade de Arapiraca ao meio, e sendo assim, precisaria de quantas passarelas fossem necessárias. Mas que até o presente momento não existe sequer uma delas. E o resultado da omissão por parte de quem de direito, é o registro de mais de 50 atropelamentos graves, dentre eles 15 fatais. Com certeza, essas preciosas vidas seriam poupadas, não fosse a imperdoável prevalência do descaso.
Esperamos que, agora, as passarelas saiam, até porque, recentemente foi publicada notícia no Jornal de Arapiraca e no Jornal do Interior, informando que: “Renan e Paulo Dantas garantem 100 milhões para as rodovias estaduais de Alagoas”. Seria muito bom que a aplicação desses tantos milhões fosse iniciada na construção das passarelas na extensa Avenida José Alexandre, em nossa Arapiraca;
Mas, meus estimados amigos e respeitáveis amigas, um detalhe me chama atenção – onde está o poder político de Arapiraca? Onde estão seus lídimos representantes que não levantam a voz se insurgindo diante de tantos desmandos? Entendo que é hora de o povo arapiraquense bradar um sonoro basta! E não aceitar mais de modo algum continuar sendo o “queijo do reino” no sanduiche dos convescotes eleitorais de determinados políticos. “Verum est et dictum est” - a verdade tem que ser dita”.
Ismael Pereira – É artista plástico, escritor, poeta e bacharel em Direito.
