A confirmação da indicação do nome do ministro Flávio Dino para o STF requer algumas reflexões necessárias, assim acho eu.
Ele tem sido, ao lado de Haddad, o integrante mais destacado da equipe do presidente Lula, que, ao alçá-lo à cúpula do Judiciário, muito dificilmente encontrará outro líder tão capacitado para substituí-lo.
Dino acumulou inimigos na oposição, principalmente a mais tosca, tão presente nesses tempos, e dentro do próprio governo, onde se evidenciou o ciúme de um político de fora das hostes do PT mais fisiológico e mais defensor intransigente da sua hegemonia partidária nos setores progressistas.
Imagino que o ministro da Justiça, apesar de ter de enfrentar debates intensos no Senado, saberá se sair muito bem com o seu raro humor, conhecimento reconhecido e, notadamente, uma coragem rara.
Seguramente, Flávio Dino deve chegar ao STF bem maior do que Zanin, o que já sempre esteve escrito na trajetória de ambos.
Para o presidente Lula, imagino, ele deve saber o quanto pode perder sem o ministro por perto.