A Black Friday 2023 acontece nesta sexta-feira (24) em todo o Brasil, sendo um dos eventos mais aguardados pelos lojistas e consumidores. A data marca o início do período de compras para as comemorações de Natal e Réveillon e gera grande expectativa em relação às promoções tradicionais do período.
De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a estimativa é de um faturamento de R$4,64 bilhões, o que significa 4,3% a mais que o obtido no ano passado. Caso se concretize, será o maior volume de vendas para a data.
Um levantamento da CNC mostra que os segmentos de eletroeletrônicos e utilidades domésticas e de móveis e eletrodomésticos deverão representar praticamente metade da movimentação financeira prevista, com um percentual de 48%. Na sequência, se destacam os ramos de hiper e supermercados e de vestuário, calçados e acessórios.
Mas é preciso ficar atento para não cair em golpes durante as compras online. Vários estabelecimentos se aproveitam do momento para aplicar falsas promoções e enganar os consumidores.
O Cada Minuto conversou com o especialista em tecnologia e segurança digital, Valdick Sales, que falou sobre como se proteger e evitar os principais golpes durante a Black Friday 2023.
Principais ameaças
Ao CadaMinuto, o especialista em tecnologia e segurança digital, Valdick Sales, explicou quais as principais ameaças onlines e como identificar sites e ofertas falsas nesta Black Friday.

Segundo o especialista, o comércio eletrônico está cheio de armadilhas e uma das mais comuns é a empresa criar um site falso e colocar as ofertas para venda. Ele ressalta que é super necessário desconfiar de valores muito baixos.
“É importante verificar a autenticidade dos sites e das ofertas antes de realizar qualquer compra. Verifique se começam com “HPPTS”, consulte o CNPJ da empresa no site da Receita Federal para ver há quanto tempo opera e sempre pague com cartão de crédito, nunca com boleto”, pontua.
O especialista em segurança digital fala sobre os malwares e ataques cibernéticos. “Durante o Black Friday, os sites mal-intencionados podem tentar infectar os visitantes com malware ou outros ataques cibernéticos, como ransomware ou ataques de phishing”.
Valdick ainda chama a atenção dos consumidores para os ataques de phishing. “Phishing é um termo técnico da área de Segurança que denota pesca, ou seja, o hacker, lança um isca e pega o usuário. Principalmente informações pessoais, como senhas e números de cartão de crédito”.
Segundo ele, os criminosos enviam e-mails ou mensagens falsificadas que parecem ser de uma empresa legítima, mas contém links ou anexos maliciosos. Muitos deles exploram a demanda elevada durante o Black Friday para realizar ataques. “Não clique em links suspeitos ou forneça informações pessoais por e-mail ou telefone”.
Ele esclarece que a melhor forma de se proteger da prática do phishing é nunca clicar em qualquer link que foi enviado, porque essa ação poderá trazer o vírus para sua máquina.
Medidas de segurança
Valdick elenca algumas atitudes que os consumidores podem adotar para evitar serem vítimas de golpes durante as compras online:
- Olhe se o endereço começa com "https" e se há um cadeado na barra de endereço (se desejar clique no cadeado para ver o certificado);
- Vá em www.reclameaqui.com.br e veja se existem reclamações sobre a empresa;
- Use antivírus para proteger seus computadores e celulares, tenha e mantenha atualizado o antivírus;
- Evite navegar em sites desconhecidos ou suspeitos, se não conhece o site é aconselhável não acessar;
- Evite fornecer informações pessoais.
O especialista defende que, caso seja necessário fornecer dados pessoais, verifique antes as condições do site e da compra. Ele alerta que os estelionatários virtuais costumam pedir para serem pagos com boleto e com ofertas em menores valores.
“Veja se o site ou aplicativo traz a Política de Privacidade. Nela, ele deverá dizer o que deverá ser feito com seus dados. Quanto ao pagamento, sempre utilize o cartão de crédito, se for golpe, abra um Boletim de Ocorrência e solicite do cartão o cancelamento da compra”, orienta.
É seguro utilizar Wi-Fi público para compras online?
De acordo com Valdick, em nenhuma hipótese é seguro realizar transações de qualquer tipo utilizando internet pública. Ele alega que a rede pode estar sendo monitorada e suas informações podem ser capturadas por hackers.
“Se estiver em uma Lan House, por exemplo, e precisar fazer uso do Navegador, faça de modo Anônimo, no google aperte CTRL+SHIFT+N. Evite fazer uso de redes de internet públicas”, adverte.
Ferramentas para aumentar a segurança
O especialista listou um conjunto de ferramentas e cuidados que os consumidores podem recorrer para aumentar a segurança no momento das compras, tais como:
- Antivírus: um software antivírus atualizado pode ajudar a proteger o dispositivo contra malwares e outras ameaças;
- VPN: embora seja um termo muito técnico, uma Rede Privada Virtual (VPN) pode ajudar a proteger a conexão com a internet, criptografando os dados transmitidos e ocultando o endereço IP do usuário;
- Gerenciador de senhas: existem vários aplicativos que fazem essa tarefa que ajudam a gerenciar e utilizar suas senhas. Além disso, um gerenciador de senhas pode ajudar a criar senhas fortes e únicas para cada conta, evitando o uso de senhas repetidas ou fáceis de adivinhar;
- Autenticação em dois fatores: é sempre bom manter essa facilidade ativa. Mesmo que seus dados como senha e login sejam roubados, será necessária mais outra senha para concluir as operações.
*Estagiária sob supervisão da editoria