A situação econômica da nossa venusta Arapiraca centenária é muito preocupante. Tenho dito e não me cansarei de repetir que é abismal o fosso que separa e distancia o crescimento urbano e demográfico de Arapiraca e o seu paquidérmico desenvolvimento econômico.
Hoje com uma população beirando 250 mil habitantes, e com um inevitável e célere aumento das demandas sociais, se continuar do jeito que vai, fatalmente entraremos num colapso social, que, convenhamos, vem silenciosamente minando as bases da sociedade, sem que nenhuma providência seja tomada objetivando reverter esse quadro ameaçador.
Acho que já é muito tarde sim, mas entendo que se houver vontade politica ainda há tempo de se criar mecanismos que venham tirar Arapiraca da rota do caos econômico. E isto é claro, só depende de vontade e decisão política, principalmente por parte dos seus gestores, e também do engajamento dos lídimos representantes nas esferas: municipal, estadual e federal.
É claramente perceptível, e até mesmo público e notório, que a nossa expressiva atividade comercial - e que fique bastante evidenciado, tratar-se de iniciativa exclusivamente privada, tem sido a coluna de sustentação da nossa economia. Não fosse o nosso grande comércio abastecedor de inúmeros municípios satélites, com certeza inevitavelmente o caos já estaria instalado . A sorte é, que, após a fatal derrocada da atividade fumageira, o comércio passou a ser o principal bastião da economia arapiraquense.
É óbvio que as grandes cidades interioranas do nordeste brasileiro, tais como Feira de Santana, Caruaru, Campina Grande, Mossoró e outras, têm o comércio como base de apoio. Mas todas essas cidades também são dotadas de vigorosa atividade industrial, segmento expressivamente gerador de emprego e distributividade de renda, como também injetora de divisas para os cofres públicos assegurarem a efetivação de políticas públicas geradoras de bem estar social.
Tenho o dever de continuar lutando por uma Arapiraca melhor e plenamente desenvolvida social e economicamente, galgando o merecido e destacado patamar no seleto "ranking" das cidades interioranas mais prósperas do Nordeste.
Com este inarredável objetivo, conclamo: não perguntemos o que Arapiraca poderá fazer por cada um de nós, mas sim, o que cada um de nós pode fazer pela nossa venusta Arapiraca centenária.
