De acordo com a Revista Oeste, o senador Rodrigo Cunha (Podemos) - que concedeu uma longa entrevista àquele veículo de comunicação - vai pleitear uma das cadeiras da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem, que foi proposta pelo senador Renan Calheiros (MDB).

Antes da CPI ser lida em plenário e partir para o início de seus trabalhos, Cunha questionou sua abertura e ainda chamou atenção para o que seria uma “suspeição” de Renan Calheiros, por já ter sido presidente da Salgema (atual Braskem) por dois anos.

Na entrevista, Cunha diz que quer evitar que a Comissão seja conduzida por interesses eleitoreiros, incluindo a disputa política entre o senador Renan Calheiros e o atual prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC (PL).

Para Cunha, Renan Calheiros tem o objetivo de “melar” o acordo que foi firmado entre a Braskem e a Prefeitura de Maceió, no valor de R$ 1,7 bilhões a título de indenização por conta da situação dos bairros em afundamento de solo.

“O que ele (Renan Calheiros) diz para as pessoas maios próximas no Senado é que o objetivo dele ´´e tentar, exatamente com essas palavras, melar o acordo que a Braskem firmou com o município de Maceió (...) Como ele não é aliado do atual prefeito, ele quer melar o acordo feito com o município”, coloca o senador.

“Ele quer direcionar para o prefeito de Maceió”, ainda complementou Rodrigo Cunha.

Cunha acredita que a CPI seja instalada ainda este ano. “Exceto surja outro fato. Existe um discurso político, mas tem um mais técnico que político. Conversei com os líderes e acredito que eles vão sim se manifestarem nas próximas reuniões”.

O senador do Podemos foi indagado - pela jornalista Rute Moraes (Revista Oeste) - se tentaria impedir que Calheiros assumisse a presidência. Ele disse já ter feito a sua parte nesse sentido e que agora estaria “vigilante para que a CPI não seja usada em benefício particular”.