Alagoas registrou uma alta de 1,78% no custo nacional da construção civil. O valor foi o maior entre todos os estados do Brasil e superou, também, a média nacional, que foi de 0,02% em setembro. Os dados são do Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No último mês, o custo por metro quadrado chegou a R$ 1.557,17 - um aumento de R$ 27,17 em relação ao mês de agosto, quando o valor chegou a R$ 1.530. Ainda assim, o preço segue abaixo da média nacional, que ficou em R$ 1.713,87.
Considerando os resultados de todo o ano de 2023, Alagoas aparece como o terceiro estado do Nordeste com a maior variação, atingindo o índice de 3,41% e aparecendo atrás apenas do Maranhão e da Paraíba, ambos com 3,77%.
Já nos últimos 12 meses, Alagoas também se destaca com a maior variação de toda a Região Nordeste, com um acréscimo de 5,84% no custo da construção civil. Em seguida, aparecem estados como Paraíba (5,06%), Piauí (4,22%) e Sergipe (4,05%).
De acordo com o Sinapi, o aumento no estado se deu, também, devido a acordos coletivos firmados e alta na parcela dos materiais.
Resultados nacionais
O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) apresentou variação de 0,02% em setembro, uma queda de 0,16 ponto percentual (p.p.) em relação a agosto (0,18%). Dessa forma, nos últimos 12 meses, a alta é de 2,68%, resultado abaixo dos 3,11% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. O acumulado no ano registrou 2,06%, enquanto em setembro do ano passado, o índice mensal foi de 1,65%.
O custo nacional da construção, por metro quadrado, que em agosto fechou em R$ 1.713,52, passou em setembro para R$ 1.713,87, sendo R$ 998,17 relativos aos materiais e R$ 715,70 à mão de obra.
A parcela da mão de obra, com taxa de 0,36%, registrou queda de 0,28 ponto percentual em relação ao índice de agosto (0,64%). Com relação a setembro de 2022, houve alta de 0,05 ponto percentual (0,31%). A queda de 0,28 ponto percentual na parcela da mão de obra foi influenciada também por um menor número de acordos coletivos em relação ao mês de agosto.
Mantendo a tendência de queda observada no mês anterior, de maneira oposta ao registrado durante o período da pandemia, como destacou o gerente, a parcela dos materiais voltou a apresentar resultado negativo, com taxa de -0,22%, e ficou 0,08 ponto percentual abaixo da taxa de agosto (-0,14%). Foi o quinto mês a apresentar deflação no ano, juntamente com janeiro, maio, junho e agosto. Considerando o índice de setembro de 2022 (0,53%), houve queda de 0,75 ponto percentual.
A Região Norte, com alta na parcela dos materiais em 5 dos seus 7 estados, e acordo coletivo registrado no Amazonas, ficou com a maior variação regional em setembro, 0,49%. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: -0,09% (Nordeste), -0,03% (Sudeste), 0,05% (Sul) e 0,09% (Centro-Oeste).