A eleição municipal é apenas em 2024. Mas, nos bastidores políticos da Câmara Municipal de Maceió, já iniciou a corrida pela “melhor posição” dentro das siglas partidárias para tentar garantir uma das cadeiras dentro da nova composição, que terá 27 edis na próxima legislatura (a partir de 2025). Atualmente, são 25 vereadores.

No bloco governista, a ideia é distribuir os vereadores de mandato nas legendas que fazem parte da “base de sustentação” do prefeito João Henrique Caldas, o JHC (PL). Estas legendas são o PL, o União Brasil, o Podemos e o Progressistas. Os diálogos já começaram. 

Dentro do PL, novos nomes, além dos já existentes, podem ser abrigados. Atualmente, o partido do prefeito conta com os vereadores Siderlane Mendonça, Cléber Costa (que se encontra licenciado) e Leonardo Dias. Segundo bastidores, o PL – quando abrir a janela partidária – pode receber inclusive alguns emedebistas. 

Dos nomes do PL com mandato, Leonardo Dias é o vereador de mandato que mais está alinhado aos ideais de direita.

Há a possibilidade do partido ser a nova casa, por exemplo, do vereador Eduardo Canuto, que atualmente se encontra no PV, sigla que faz parte da federação junto com o PT e PCdoB. Canuto, entretanto, é mais alinhado à direita. 

A ideia do PL é constituir um grupo forte para fazer bancada, inclusive com a candidatura de nomes que disputarão pela primeira vez uma das cadeiras do Legislativo municipal, como é o caso de Caio Bebeto (secretário municipal), filho do deputado estadual Cabo Bebeto (PL).

Na oposição, o PT se reforça para eleger mais de um vereador. De acordo com o diretório municipal da sigla, o Partido dos Trabalhadores terá um candidato majoritário: o deputado estadual Ronaldo Medeiros (PT) deve disputar a Prefeitura de Maceió. O voto de legenda pode ajudar nas disputas proporcionais. Com mandato, Doutor Valmir Gomes parte para a reeleição.

O PSD também discute a possibilidade de fazer bancada. Na Casa, a sigla conta com os oposicionistas Joãozinho (PSD) e Teca Nelma (PSD), além de Samyr Malta. No entanto, Malta parte para outra disputa: ele é pré-candidato à Prefeitura de Mata Grande.

O MDB – como deseja o senador Renan Calheiros (MDB) – deve perder quadros na Casa, uma vez que quer expulsar os ditos infiéis, por manterem aliança com o prefeito JHC. Atualmente, a sigla tem a maior bancada da Casa. O emedebista e presidente da Casa, Galba Netto, deve ter  um partido para chamar de seu.

O bloco palaciano – que faz parte da sustentação do governador Paulo Dantas (MDB) – é o que mais abriga siglas. Por lá, se estruturam – além do MDB – o Republicanos, o PSB, o PT, o Avante, o PDT, o PSD, dentre outros.

Tudo agora é cálculo matemático com base no famoso “cociente eleitoral”.