E a Vania, presidenta do Coletivo de Mulheres Pretas Periféricas deu show na entrevista da TV Ponta Verde. Vocês viram?

21/07/2023 11:16 - Raízes da África
Por redação
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Erysvânia Gatto, que todo mundo conhece como Vânia é presidenta do Coletivo de Mulheres Pretas Periféricas.

O Coletivo de Mulheres Pretas Periféricas tem sede provisória no Benedito Bentes II, parte alta da capital Maceió, em Alagoas, e bem distante do centro de decisões políticas.

As mulheres do Coletivo foram empossadas, em 15 de dezembro de 2022, portanto, são sete meses de existência e nesse curto período de tempo, muita coisa aconteceu.

O mais legal é que o Coletivo foi escolhido, para representar, Alagoas, ao lado do Instituto Raízes de Áfricas, como sociedade civil,  nas Oficinas Nacionais de Equidade de Gênero e Raça, que ocorreram em Brasília e prosseguem com um cronograma robusto.

E, só para lembrar que a temática Raça e Gênero se tornou evidenciada, lá trás, nos debates, da então deputada estadual, Jó Pereira (2015-2023).

"-Muita coisa mudou em nossas cabeças- diz Vânia. Depois do Coletivo algumas mulheres tomaram a decisão de se matricularam na escola, em  busca do aprender a ler e escrever. Decidiram trabalhar, pra não depender de marido, outras estão aprendendo a desconstruir todas as coisas ruins  que diziam sobre nós, mulheres pretas.

Também estamos participando de conselhos no posto de saúde e de escolas, uma maneira de aprender como participar das decisões e discutir sobre políticas públicas para melhorias do bairro'-finaliza.

O Coletivo de Mulheres Pretas Periféricas é um caldeirão de emoções, afetos, pensamentos, vivências , aprendizados e diferenças, mas, o bom é  que essas mulheres, pouco a pouco,  vão entendendo que o papel de cada uma é revolucionar, da sua maneira, o lugar que ocupa, agregando para o coletivo caminhos possíveis.

E para sedimentar caminhos Vânia vai estudando textos e contextos e perdendo o medo das câmaras de TV, e das entrevistas, para contar ao mundo todinho que continuamos, em Alagoas, na luta do EXISTIR, como mulheres pretas e periféricas.

Resistir!

E a presidenta do Coletivo de Mulheres Pretas Periféricas, em Alagoas, deu show na entrevista da TV Ponta Verde. Vocês viram?

Salve, pretas!

 

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