A Justiça de Alagoas aceitou o pedido de recuperação judicial feito pelo Centro Sportivo Alagoano. O clube entrou com o pedido nessa terça-feira (18) e o deferimento da Justiça foi dado pela 3ª Vara Cível da Capital, deferiu nesta quarta-feira (19).
O CSA tem uma dívida estimulada em R$20 milhões. Conforme a decisão, do juiz Henrique Gomes de Barros Teixeira, serão suspensas as ações e execuções processuais ajuizadas contra o clube por 180 dias úteis, assim como a penhoras e bloqueios do patrimônio do Azulão.
O magistrado nomeou um administrador judicial para que desempenhe todas as funções estabelecidas no processo, que ficará sob responsabilidade de Evandro Jucá Filho, inscrito no banco de dados da Controladoria Geral de Justiça de Alagoas.
Dentro da viabilidade econômica e operacional apresentada no pedido de recuperação judicial, o CSA citou a renegociação de dívidas, a manutenção do emprego de mais de 100 funcionários, além da oportunidade em formar jovens atletas e a possibilidade da criação de uma SAF – Sociedade Anônima do Futebol.
Na decisão, o juiz também em consideração outros exemplos de clubes de futebol que utilizaram do mecanismo jurídico para controlar as dívidas, em casos citados como Cruzeiro, Coritiba, Figueirense, Náutico e Santa Cruz.
Conforme a Justiça, é dever do Juízo Universal buscar a preservação da atividade, empregos e funcionamento de empresas que demonstrem capacidade de soerguimento e reorganização, como vem a ser o caso em tela e que poderá ser comparado com outros tantos clubes do Brasil, como o caso do Cruzeiro de Minas Gerais, recente rival do autor.
Agora, o clube deve apresentar o plano de recuperação para que seja aprovado pelos credores que se habilitarem.