A briga de rua, encarniçada, entre o senador Renan Calheiros e o deputado Arthur Lira tem levado o presidente Lula – e entorno – a ter muita cautela nas nomeações dos cargos federais em Alagoas.
O Planalto, por motivos diferentes, precisa dos dois, e os petistas temem que uma nomeação que não seja compensada possa respingar no governo do presidente Lula, que tem vencido as principais batalhas no Congresso – ainda que não sem dor.
Se sentem prejudicados pela troca de tapas verbais entre os dois personagens mais notórios da política de Alagoas, vários aliados e partidos da base do governo no estado.
O PT, por exemplo, espera a nomeação de Judson Cabral para o Ibama, o que já parece definido.
O deputado Marx Beltrão, por sua vez, que tem votado com o governo nas matérias principais aposta que vai ficar com o Porto de Maceió.
Calheiros tirou o bilhete premiado: o Filho virou ministro de uma área endinheirada.
Lira já tem a Codevasf e deve ficar com outros órgãos de grande capilaridade no estado.
Alagoas é pequeno, mas pode fazer um estrago danado no país.
O problema é que um vive a mirar o outro, mas já há vítimas de “balas perdidas” em quem está perto de ambos.
O jogo dos brutos é bruto.