Com todos os problemas e erros cometidos, a Polícia Federal é uma das instituições de maior credibilidade do país.

Mas não, é o que parece, para o senador Renan Calheiros e o deputado federal Arthur Lira, inimigos figadais – pelo menos até que se tornem “amigos de infância”, como sói acontecer.

As declarações de ambos, acusando a Polícia Federal de “vazamento” de suas operações - a depender do lado investigado -, levou a coordenação-geral da Corregedoria da PF, em Brasília, a abrir um inquérito desde o final do ano passado.

Lembrando: Calheiros acusou – segundo o UOL - a delegada Juliana Sá de ter permitido o vazamento para Lira na operação contra o prefeito Gilberto Gonçalves, no ano passado.

Depois, no caso da Operação Edema - da suposta rachadinha de Paulo Dantas -, realizada com autorização do STJ, o senador voltou ao ataque, dizendo que a PF era usada politicamente por Lira. Chegou a  afirmar que a instituição era a “Gestado” de Lira (também acusou a ministra Laurita Vaz de ser bolsonarista). 

Mais recentemente, foi o presidente da Câmara Federal que disse que houve vazamento, sim, da PF na Operação Hefesto – dos kits de robótica. O beneficiário: Calheiros.

Mesmo entendendo que acusações têm origem e motivação políticas, elas comprometem a credibilidade da Polícia Federal, que tem muitos méritos nas suas investigações – ainda que precise  se aperfeiçoar.

Mas, cá para nós, peneira?