Doze pessoas estão envolvidas no assassinato do torcedor do CSA identificado como Pedro Lúcio dos Santos, segundo a Polícia Civil. A informação foi repassada pelo delegado Lucimério Campos, diretor da Gerência de Polícia Judiciária da Região 1, e pela delegada Rosimeire Vieira, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), nesta quinta-feira (22), na sede da Delegacia Geral da Polícia Civil, localizada no bairro de Jacarecica, em Maceió.
Segundo os delegados, o inquérito policial já foi concluído. Entre os 12 envolvidos, estão dois adolescentes. Quatro pessoas foram presas e seis estão foragidas.
De acordo com as investigações, todo o ataque foi previamente planejado e a vítima foi escolhida de forma aleatória pelo grupo.
Pedro foi espancado no começo de maio por membros da torcida rival, foi levado para o Hospital Geral do Estado, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Segundo a delegada Rosimeire Vieira, o grupo estava dividido em dois carros e algumas motocicletas.
Eles locaram veículos, se reuniram e criaram grupos de Whatsapp para discutir a ação, realizada no dia da partida entre CSA e Confiança, o Estádio Rei Pelé.
Antes do espancamento do torcedor, eles percorreram a parte alta da capital e chegaram a agredir uma pessoa e a rasgar a camisa de outro torcedor.
"Tudo foi previamente organizado. Eles seguiram para a sede da torcida e ficaram aguardando o final do jogo. Ao término da partida, foram para a localidade só para procurar uma pessoa e agredí-la. Foi quando encontraram o Pedro Lúcio, que tentou fugir, mas foi perseguido e gravemente agredido. O laudo que recebemos, inclusive, descreve infinitas lesões. Ele, inclusive, perdeu as falanges dos dedos. O Peu foi uma vítima aleatória e morreu porque estava nas imediações, trajando a camisa do time", afirmou Rosimeire Vieira.
Os acusados do crime contaram que a ação foi planejada como forma de retaliação por uma agressão sofrida, anteriormente, por um torcedor do CRB.
Para o delegado Lucimério Campos, essa atuação das torcidas organizadas têm sido tema de investigações no estado.
“Elas se configuram como uma organização criminosa, que somente mancham a imagem dos clubes e colocam medo nos torcedores”, disse.
"Essas torcidas organizadas estão sendo palco de envolvimento em diversos tipos de crimes, que são praticados, inclusive, pelos dirigentes dessas entidades. A sociedade não aguenta mais, pois essas torcidas só existem hoje para praticar crimes. Não vamos mais tolerar esse tipo de situação. O estado precisa banir essas torcidas organizadas", enfatizou Lucimério.