Como se explica o fato de que um dos principais nomes do nosso forró - autêntico e de qualidade - cobra um cachê bem menor do que artistas sem grande expressão e nenhuma relação com o nosso cancioneiro verdadeiro?
Pois vejam, abaixo, quanto Jorge de Altinho, um dos ícones da Música Popular do Nordeste, vai receber para tocar no São João de Maceió.
Eis a publicação do D.O.de Maceió, edição de ontem:
Contratação do artista “JORGE DE ALTINHO”, representado pela CONTRATADA, para a realização de apresentação no evento SÃO JOÃO DE MACEIÓ. A execução dos serviços contratados, isto é, a apresentação do artista “JORGE DE ALTINHO”, será realizada no evento do dia 26 de junho de 2023, com duração de apresentação de 01 hora e 30 minutos, podendo chegar até 02 horas DO REGIME JURÍDICO: A prestação dos Serviços, objeto do Presente Contrato rege-se pelo art. 25, III da Lei Federal nº 8.666/1993. DA VIGÊNCIA: A vigência deste contrato será da data de sua assinatura até a data da efetivação do pagamento integral do objeto pactuado e o efetivo cumprimento das obrigações das partes. DO VALOR: R$ 110.000,00 (Cento e dez mil reais).
Para quem não sabe ou não lembra, ele é o compositor de Confidência (“Tenho um segredo menina cá dentro do peito...”), Petrolina – Juazeiro (“Eu gosto de Juazeiro e adoro Petrolina”) e Sou feliz (“sou feliz porque você voltou pra mim”), citando apenas alguns dos seus sucessos mais marcantes.
Ouvi a seguinte opinião de um profissional do ramo:
- Este valor é o que ele cobra verdadeiramente para fazer um show.
(Entendido?)
Acho complicado fazer comparação com algum nome específico, mas o leitor ou a leitora pode buscar, aqui mesmo, neste espaço, alguns dos cachês publicados oficialmente.