Quem acompanhou os noticiários na manhã de hoje, dia 16, viu que os funcionários do Hospital Veredas – uma instituição tradicional em Alagoas, quando desprezada a mudança de nomes – deflagraram uma paralisação por conta dos salários atrasados desde março, além de outros pontos que se encontram na lista de reivincidações.

Na imprensa, são muitas também as informações sobre a ausência de repasses financeiros para o Hospital Veredas que são devidos pelo governo do Estado de Alagoas. No entanto, o Executivo estadual informou ter feito pagamentos na ordem de R$ 66 milhões para a instituição, ainda que reconheça a existência de um débito antigo, mas frisando – quase em caixa alta – que é da gestão anterior. Ou seja: o ex-governador Renan Filho (MDB).

No meio dessa discussão, a procuradora-geral do Estado, Samya Suruagy, ainda trouxe uma conotação política para os fatos que estão sendo acompanhados pela imprensa. Em uma matéria jornalistíca da Gazetaweb, assinada pelo jornalista Marcos Rodrigues, Samya Suruagy parece ter feito questão de lembrar que a atual gestão do hospital pertence ao “grupo político” rival do governador Paulo Dantas (MDB).

Ela afirma também que teve uma reunião com o secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes, e com o governador. Ao jornalista, a procuradora-geral do Estado lembrou que “neste governo não existem dívidas, mas sim do governo anterior”, que é o do aliado de primeira ordem de Paulo Dantas: o atual ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB). Suruagy segue ao falar com o jornalista: “Então houve uma conversa e um acerto e que estavam sendo pago de forma parcelada. Do atual governo o débito que existe é o do mês, mas não de meses anteriores”.

Pelas palavras de Samya Suruagy, Dantas parece ter uma “herança” em mãos para resolver. 

A reportagem afirma ainda que, na avaliação da procuradora, “há falta de transparência de como os atuais gestores do Veredas encontraram as finanças do hospital. Ela cita que a atual diretora financeira do Veredas, Pauline Pereira, chegou à administração do hospital por causa da articulação política do “grupo de oposição”, que é liderado pelo ex-deputado federal Arthur Lira (Progressistas). A procuradora não cita o nome de Lira, aqui quem o cita sou eu. 

Eis o que ela diz: “Quando uma pessoa assume um cargo público e, principalmente, o de uma diretoria financeira, ela tem que expor para a população a condição em que pegou o cargo. Depois de estar lá por dois ou três meses, ela [Pauline] dizer que está devendo não faz sentido. E todos sabem que o Vereadas é gerenciado pelo grupo político dela. Então, se há algum problema é com esse grupo que administrou o hospital, e não com o Estado de Alagoas”.

Bem, no meio do tiroteio, quem mais sofre, não tem armas…