A equipe médica do Hospital Geral do Estado (HGE) que amputou a perna da idosa Maria José, de 73 anos foi indiciada pela Polícia Civil. De acordo com o delegado Robervaldo Davino, os profissionais não fizeram o que está previsto no protocolo de cirurgia segura expedido pelo Ministério da Saúde (MS) e não conversaram com a paciente antes de fazer a cirurgia.

“A paciente entrou na sala, sem ninguém ter conversado com ela antes, e quando acordou na ala do hospital notou que a perna havia sido cortada. Aí foi quando ela questionou o procedimento”, disse o delegado.

Quatro pessoas vão responder por lesão corporal grave e duas por supressão de documento público. 

“Quatro profissionais vão responder pelo erro que cometeram ao fazer a cirurgia em um local que não estava no documento. A cirurgiã e o outro médico foram denunciados por supressão de documentos, quando levaram o prontuário para a psicóloga e, quando retornaram, faltavam documentos”, afirmou o delegado.

Robervaldo também reforçou que a Comissão de Ética do HGE também realizou um procedimento para apurar. “Foram mais de 80 páginas. Nós lemos todas as páginas e juntamos com o que já havíamos apurado”.

Agora, o inquérito vai para o Ministério Público. “É possível que se ofereça a denúncia ou que nos peçam mais diligências”, disse o delegado.

O caso  

Uma mulher de 73 anos teve uma das pernas amputadas durante uma cirurgia no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió. O procedimento foi desnecessário e é tratado como erro médico pelo hospital, que abriu sindicância para apurar o caso e afastou toda a equipe médica responsável.

De acordo com informações do HGE, a mulher deu entrada na unidade, no dia 19 de abril, para corrigir uma fratura no tornozelo. No entanto, ela teve a perna amputada na altura da coxa.