“Causa surpresa e sentimento de impunidade”. Foi assim que Diego Duca, advogado e assistente de acusação da família de Lécio Cardoso, assassinado em Pindoba no dia 13 de maio, descreveu a decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas que revogou a prisão temporária de Newton Fidelis de Moura Neto, acusado de matar seu tio.

O advogado questionou a liberdade de Newton, uma vez que o processo ainda se encontra em fase de apuração e há testemunhas para serem ouvidas.

Duca ressaltou que causa estranheza a narrativa apresentada pela defesa do acusado que atribui o crime como “suposta legítima defesa, porém essa versão não se sustenta pois é preciso deixar claro que Lécio foi atingido por mais de quatro disparos de arma de fogo e não teve, sequer, possibilidade de defesa”.

O representante da família de Lécio acredita que “querem criar uma nova narrativa e colocar o assassino no papel de vítima”, porém é preciso esclarecer que Newtom “executou Lécio de maneira fria e calculista”, afirmou Duca questionando: “O que o assassino estava fazendo armado dentro da propriedade da vítima?”.

Diante dos fatos, o representante da família Cardoso defende que “foi um crime premeditado, devidamente calculado e cometido de forma fria e covarde, impossibilitando qualquer forma de defesa de Lécio”.

Quanto às armas apreendidas pela polícia, na propriedade do acusado, na última quinta-feira, 25 de maio, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão, Diego Duca falou que é um absurdo que um “verdadeiro arsenal tenha sido encontrado na casa do suspeito”, que segundo ele “o assassino não possui nenhum tipo de registro ou autorização para o uso legal desse tipo de armamento”.