Será exibido na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), nesta terça-feira (02), o filme “Pasajeras” que retrata o cotidiano de trabalhadoras de fronteira. A exibição é uma ação articulada entre o Núcleo de Estudos e Pesquisa das Expressões Dramáticas (Neped) com a especialização em Arte e Sociedade.

A atividade é gratuita e acontece a partir das 19h no Auditório da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (Feac), na Ufal. Não há necessidade de inscrição prévia.

O longa-metragem acompanha a realidade diária de mulheres trabalhadoras e residentes da fronteira Brasil-Paraguai, em uma mescla de documentário e performance. Após a exibição, haverá um debate com a diretora e roteirista do filme, a professora Fran Rabelatto, docente do curso de Cinema e Audiovisual da Unila e doutora em Cinema e Audiovisual pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

O professor Osvaldo Maciel, docente da disciplina de Metodologia da pesquisa em Artes, explica que o filme, além do apuro estético e da enorme qualidade fotográfica, traz questões relevantes para o debate dentro da Universidade.

“O filme tematiza um conjunto de questões a partir do cotidiano de mulheres trabalhadores da fronteira do Brasil e do Paraguai que vão desde as condições de trabalho e exploração, mas também dimensões da subjetividade relativas às questões que podem comumente ser entendidas hoje como de gênero e étnicas. Abre espaço para outras dinâmicas históricas, como alguns dos impasses da ‘integração’ latino-americana, portanto interessa a públicos diversos da comunidade universitária”, avisa.

O filme

“Pasajeras” é uma obra da fotógrafa, realizadora audiovisual e professora da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), Fran Rebelatto. Realizado em 2019, em Foz do Iguaçu, o filme é uma produção da Vulcana Cinema contemplada pelo edital Rumos Itaú Cultural de 2018.

Sinopse: : Em busca de trabalho e sustento, mulheres paraguaias e brasileiras realizam travessias diárias entre o Paraguai e o Brasil. A partir de Soledad, uma professora de dança, bailarina e ‘pasera’ paraguaia, acompanhamos Susy, Maria, Cleide e Felicia em seus cotidianos. Todos os dias, de um lado a outro do rio Paraná, elas carregam sobrevivência e sonhos. Neste ir e vir, Alejandri, uma menina indígena maká, estabelece a conexão entre a realidade e os imaginários dessas terras da fronteira.

Ascom Ufal

*Com Assessoria